De acordo com notícias do mercado, a Amblin Partners, produtora de filmes do icônico diretor Steven Spielberg, assinou um acordo com a Netflix (NFLX) para produção de dois filmes por ano.
Não foi divulgado, no entanto, se os longas-metragens poderão ser distribuídos também no cinema e se o diretor ficará responsável por alguns deles.
Curiosamente, Spielberg criticou os serviços de streaming e a experiência de consumir filmes fora de uma sala de cinema.
Ele chegou a afirmar que esperava que “continuemos acreditando que a grande contribuição que nós, diretores, podemos proporcionar ao público é a experiência de um filme no cinema”.
A julgar pelas suas declarações, o diretor deu o braço a torcer e voltou-se aos modernos serviços: “oportunidade incrível de contar novas histórias juntos e alcançar o público de outra maneira.”
A sua lista de filmes é vasta: Tubarão, Jurassic Park, Resgate do Soldado Ryan, Lista de Schindler, E.T, entre outros. Seus filmes foram ganhadores de dez estatuetas.
E Eu Com Isso?
A parceria com a produtora do diretor Steven Spielberg é bastante positiva para a companhia e tem quase o peso de uma fusão.
As ações NFLX reagiram bem após a divulgação da notícia, instantes antes da abertura da sessão desta terça-feira (22), subindo 2,4% contra alta de 0,5% do índice S&P 500.
O peso do acordo é grande, quase um “game-changer”, não apenas para a Netflix como para a indústria do streaming.
Spielberg é visto como uma espécie de guardião da velha guarda do setor, adepto às experiências mais tradicionais no cinema.
Esse movimento anti-streaming tem algum peso nas premiações do Oscar, tão desejado pela Netflix.
Além disso, a companhia pode estar se aproximando de um modelo híbrido, com alguns de seus filmes de produção própria disponibilizados para os cinemas.
Vemos a Netflix (NFLX) agindo para não frear seu crescimento.
Após um primeiro trimestre desafiador (com baixas adições líquidas), a companhia divulgou: (i) uma política menos permissiva de compartilhamento de senhas; ii) lançamento do seu canal de vendas de artigos e objetos colecionáveis, iii) acordo com Spielberg; iv) lançamento de bons filmes novos e sem produção própria.
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