Na terça-feira (17), foi publicado o edital do leilão da rodovia Dutra, marcado para 29 de outubro, na sede da B3 (SP). O certame tem previsão de investimentos na ordem de R$ 14,8 bilhões, com duração de 30 anos de contrato. Além desses, são esperados custos operacionais de aproximadamente R$ 11 bilhões.
A expectativa é que o leilão atraia a participação de grandes grupos do setor, sendo a CCR, atual operadora da rodovia, a favorita para o arremate.
Além de empresas tradicionais do setor, como a Ecorodovias, é também esperada a participação de fundos de investimento, dado o forte potencial de retorno do projeto.
Como principal vantagem da concessão, destacamos o seu tráfego consolidado de veículos, com a Nova Dutra tendo registrado, em 2019 (pré-pandemia), receita bruta de R$ 1,43 bilhão.
Além disso, o vencedor do certame será favorecido com as receitas do empreendimento assim que assumir a concessão, ao contrário de estradas ainda não pedagiadas que requerem intervalo até o início da cobrança.
Para a definição do vencedor do leilão será utilizado um modelo híbrido, no qual os participantes poderão oferecer um desconto de, no máximo, 15,31% no valor da tarifa de pedágio.
Em caso de empate, será escolhido o maior valor de outorga.
E Eu Com Isso?
A notícia ilustra o interesse de empresas tradicionais do setor e de fundos de investimento em participar da disputa do projeto de infraestrutura, um dos mais esperados dos últimos anos.
Apesar de complexo, ele contempla um forte potencial de retorno, o que chama atenção de investidores.
Nesse contexto, a Ecorodovias e a CCR são apontadas como potenciais participantes do certame, com a notícia devendo refletir uma reação positiva no preço de suas ações (ECOR3 e CCRO3) no curto prazo.
Todavia, cabe ressaltar que ainda é cedo para dizer quais grupos irão de fato realizar propostas.
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