Na noite desta quarta-feira (26), a petroleira PetroRio (PRIO3) informou o mercado da suspensão do processo de declaração da comercialidade do campo de Wahoo. Como escrevemos na segunda-feira (24), o processo havia sido suspenso pelo Tribunal de Justiça do RJ (TJ-RJ) por conta de pedido da IBV, sócia da companhia no campo.
No mesmo dia, a PetroRio informou que apresentaria recurso à Câmara Cível do TJ-RJ, sendo contrária a decisão monocrática do desembargador Luciano Saboia Rinaldi de Carvalho. E, no dia de ontem, esse recurso foi parcialmente acolhido, autorizando a companhia a dar prosseguimento ao processo administrativo na ANP.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a companhia, que agora pode voltar suas atenções para o desenvolvimento do campo. De qualquer forma, esse contratempo pode acabar sendo benéfico para a PetroRio, visto que se mantém o prazo de 20 dias para a IBV manifestar interesse ou não de participar do projeto, encerrando essa novela. Ainda vemos uma boa possibilidade da PetroRio adquirir o restante da participação no campo, que atualmente detém 64,3%.
O campo de Wahoo é um bloco exploratório localizado na Bacia de Campos, no pré-sal. Teve a descoberta de óleo em 2008 e, segundo estimativas da companhia, passará a produzir petróleo em 2024, com uma produtividade média inicial de cerca de 10 mil barris por dia (bpd) por poço, podendo alcançar 40 mil bpd, mais do que a produção atual total da empresa.
O plano de desenvolvimento do campo prevê a interligação entre Wahoo e o campo de Frade, de propriedade da PetroRio, que se situa ao sul de Wahoo. Com o tieback concluído, toda a infraestrutura necessária para a operação dos campos será compartilhada, formando mais um cluster de produção. Com isso, haverá uma significativa redução do custo de extração (lifting cost) da companhia, sendo tal projeto essencial para o futuro da petroleira.
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