O Itaú (ITUB4) está chegando ao final do processo de reestruturação de toda sua operação digital no país. O conceito adotado pelo banco é similar ao visto nos grandes varejistas, usar a rede de agências para alavancar as operações no digital, algo semelhante a omnicanalidade.
Segundo o diretor de varejo do banco, André Rodrigues, o banco pretende que os clientes tenham o mesmo nível de experiência independente do canal que estejam sendo atendidos.
Para isso, a principal aposta é o uso intensivo de dados, de forma que a parte digital contribua com metade da receita do varejo. Atualmente essa parte representa algo entre 20 e 25 por cento da receita.
O projeto de reestruturação da área, batizado de “iVarejo 2030”, teve início em 2019, com o objetivo de adaptar o banco a um cenário regulatório e competitivo cada vez mais desafiador.
O resultado foi um ambiente em constante mudança, transformando o projeto temporário em uma estrutura permanente dentro da instituição.
E Eu Com Isso?
Em grandes linhas, essa estratégia do Itaú (ITUB4), não é uma grande novidade, o banco vem mostrando aos investidores já há alguns trimestres sua intensificação na digitalização de seus clientes e já expressou que permite usar as agências físicas como um diferencial em relação aos novos entrantes do mercado.
Dito isso, acreditamos que a notícia é levemente positiva, uma vez que dá mais claridade em relação aos objetivos do banco, como a meta de 50 por cento da receita vinda de canais digitais, por isso esperamos impactos levemente positivos nas ações da companhia (ITUB4) no curto-prazo.
O banco vem se mostrando consciente da sua necessidade de atualização, reconhecendo que seu papel no mercado pode mudar com a entrada de fintechs e bancos digitais, mas ao mesmo tempo tentando propor um modelo de negócios no qual consegue explorar seus pontos fortes, como o atendimento personalizado na agência, enquanto avança nas questões digitais de inovação, tentando acompanhar o ritmo de atualização cada vez mais acelerado do mercado.
Entre os grandes bancos, acreditamos que todos vêm adotando estratégias similares, enxugando a estrutura física, fechando agências ou transformando em pontos de atendimento, enquanto desenvolvem aplicativos cada vez mais modernos.
Em nossa visão o Itaú (ITUB4) parece mais avançado nesse quesito, tendo iniciado esses esforços antes.
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