A nova onda de investimentos no mercado de saneamento, motivada pelo novo marco legal do setor e suas metas de universalização dos serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto, vem trazendo efeitos colaterais adversos à indústria. Apesar de positiva e necessária, a nova injeção de capital começa a gerar preocupações quanto a possíveis gargalos na cadeia de fornecimento, tendo esse problema já sido visto em outros setores da economia e sido inicialmente provocado pela pandemia.
Nesse contexto, devido a nova onda de concessões e às pressões por ampliação de investimentos nas atuais estatais, a expectativa é que a situação se agrave, com a oferta limitada de químicos, tubos e PVC já afligindo a indústria. Em alguns produtos, o risco é considerado ainda mais preocupante devido à concentração da cadeia de fornecedores, como no caso da resina de PVC. Formada por cloro e eteno, o item tem hoje apenas a Unipar e a Braskem como fornecedoras, o que torna a situação ainda mais crítica.
E Eu Com Isso?
A notícia traz ao radar um problema enfrentado recentemente por diversos setores da economia e que poderá impactar negativamente o mercado de saneamento caso a limitação da oferta de produtos se agrave. Nesse sentido, as ações das companhias do setor hoje listadas na Bolsa, caso da Copasa (CSMG3), Sabesp (SBSP3) e Sanepar (SAPR4), deverão ter uma reação neutra em um primeiro momento, podendo reagir negativamente no curto a médio prazo caso a situação se intensifique.
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