IBC-Br de novembro subiu 0,18%, acima do 0,1% previsto
O Banco Central (BC) divulgou, na manhã desta quinta-feira (16), seu indicador de atividade econômica, o IBC-Br, referente a novembro de 2019. O crescimento em relação a outubro foi de 0,18%, e o avanço em relação a novembro de 2018 foi de 1,1%. O resultado mensal superou as prévias de 0,1% esperadas pelo mercado para o mês.
Os números do BC mostram que novembro foi o quarto mês seguido de crescimento da atividade econômica, com uma leve aceleração na comparação com outubro, quando foi registrado um aumento de 0,17%. De acordo com o Banco Central, na parcial do ano, foi registrada uma alta de 0,95%. Nos 12 meses até novembro, o crescimento do IBC-Br foi de 0,90%.
Divulgado mensalmente, o indicador é visto pelo mercado como uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB). Apelidado de “PIB do BC”, o resultado confirmado de novembro veio perto do teto das expectativas, que oscilavam entre uma queda de 0,4% e uma alta de 0,30%.
Será preciso esperar para ver qual a reação do mercado. A divulgação de um IBC-Br acima do esperado indica uma economia ganhando tração. Isso contraria frontalmente a decepção com a queda do varejo, divulgada na quarta-feira (15) pelo IBGE.
MUNDO – Na noite da quarta-feira (15), um aperto de mãos entre o presidente americano Donald Trump e o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, em Washington, selou a primeira fase do acordo comercial entre China e Estados Unidos.
Pelo acordo, a China se compromete a comprar 200 bilhões de dólares a mais em produtos americanos nos próximos dois anos, além de se obrigar a não desvalorizar sua moeda, o yuan, para aumentar artificialmente a competitividade de suas exportações. Em contrapartida, os Estados Unidos vão retirar impostos de importação que incidem sobre 360 bilhões de dólares em exportações chinesas. As barreiras, que travaram o comércio entre os dois países, afetaram bastante a economia da China.
A China vai ampliar a compra de produtos industrializados americanos em 32,9 bilhões de dólares em 2020 e em 44,8 bilhões de dólares em 2021. O pacto também inclui o aumento da importação de serviços em 12,8 bilhões de dólares em 2020 e em 25,1 bilhões de dólares em 2021. No caso dos produtos agrícolas, o incremento será de 12,5 bilhões de dólares em 2020 e de 19,5 bilhões de dólares em 2021. E na energia, a China deve comprar 18,5 bilhões de dólares a mais adicionais em 2020 e outros 33,9 bilhões de dólares em 2021.
Apesar de ter sido vendido por Trump como uma grande vitória para os Estados Unidos, o acordo recebeu críticas. Segundo líderes da oposição democrata, o acordo buscou uma solução “antiga”. Elevou tarifas e puniu o consumidor em vez de negociar uma solução. Outro problema, diz a oposição, é que as negociações não trataram do principal problema. Fortemente controlada pelo Estado, a economia chinesa se caracteriza por subsídios pesados e apoio governamental a empresa. Isso torna a competição desigual, mas esse assunto não entrou na pauta de negociações. Segundo Steven Mnuchin, secretário do Tesouro americano, isso será tratado na Fase 2 do acordo.
A divulgação de um IBC-Br acima do esperado pode reverter a tendência do mercado de reduzir as projeções de crescimento para 2019 e para 2020 e dar mais combustível a quem espera uma economia ganhando tração.
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