Na manhã desta segunda-feira (16), a holding Ultrapar (UGPA3), assinou o contrato para a venda de sua subsidiária no segmento de químicos, Oxiteno, para a gestora Indorama.
O valor total da transação é de US$ 1,3 bilhão (aproximadamente R$ 7 bilhões), sendo US$ 1,15 bilhão a ser pago no fechamento da transação e o restante no segundo aniversário da data de fechamento.
Com o valor da venda em caixa, a Ultrapar reduz sua alavancagem financeira de 2,8 vezes ao final do 2T21 para cerca de 0,6 vezes.
A proposta da Ultra pela Refinaria Alberto Pasqualini foi de US$ 1,4 bilhão, de modo que a venda da Oxiteno poderá financiar quase a totalidade da Refinaria, caso a proposta siga adiante, mantendo a alavancagem em patamares próximos à reportada no último trimestre.
Além disso a Ultra já estava em fase avançada nas negociações com a Indorama e o processo de venda faz parte da revisão de portfólio de ativos que a companhia vem realizando.
Recentemente, a holding acertou a venda da Extrafarma para a rede de drogarias Pague Menos (PGMN3) por R$ 700 milhões.
E Eu Com Isso?
O valor da venda já era esperada pelo mercado, com um ligeiro prêmio em relação ao que era veiculado antes do fechamento da transação.
Com o câmbio de hoje, o valor da venda representa cerca de 38% do valor de mercado total da Ultrapar.
Dado o prêmio colocado em relação à suposta avaliação média da Oxiteno (em torno de US$ 1 bilhão), esperamos uma reação positiva para as ações da Ultra (UGPA3) no curto prazo.
Ademais, a holding já vem realizando movimento de maior concentração na cadeia de distribuição de combustíveis, desinvestindo de ativos não prioritários para este plano e com a intenção de adquirir uma das refinarias da Petrobras (Refap – RS), financiado parcialmente pela venda destes outros ativos.
Segundo o CEO da Ultra, Frederico Curado, o prazo limite para a negociação andar é até outubro.
Ironicamente a Oxiteno foi a companhia que obteve um resultado recorde na divulgação do 2T21, enquanto o ativo prioritário Ipiranga obteve mais um trimestre apagado, sendo um dos piores dos últimos anos, com margens ainda sofrendo para recuperar desde a mudança na política de preços de combustíveis da Petrobras a partir de 2017.
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