Meses após a crise de escassez hídrica enfrentada em 2021 – e contornada devido ao nível de chuvas acima do esperado desde outubro do ano passado -, as geradoras hidrelétricas estão investindo em sistemas mais eficientes para sua operação com o objetivo de manter a mesma geração de energia com a necessidade de utilização de menos água.
Além de se prevenir de contratempos meteorológicos, as geradoras têm investido nessa maior eficiência também para se preparar para uma nova tendência de redução na oferta de água para os players do setor, com estes disputando com demais segmentos da economia que também demandam prioridade, caso da irrigação e uso industrial.
Nesse contexto, vemos grandes companhias do setor se movimentando nessa direção. A Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) anunciou recentemente que fará investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para a modernização de suas usinas, a ser executada no período de 2021-2030. Apenas no primeiro ano, os investimentos chegaram a R$ 100 milhões.
A Voith, companhia global de tecnologia com presença no Brasil há décadas, também realizou recentemente a modernização da usina hidrelétrica (UHE) Tucuruí e é a responsável pelo contrato para a modernização da usina Paulo Afonso IV, também da Chesf. Com a repotenciação, estima-se que a usina contará com um aumento de até 2,5 gigawatts (GW) de potência instalada, melhorando significativamente a eficiência de sua operação.
E Eu Com Isso?
A notícia reflete o período conturbado vivido pelas geradoras hidrelétricas em 2021. De fato, estas sofreram muito com o baixo nível de água em seus reservatórios e precisaram honrar seus compromissos comprando no mercado spot, o qual vendia energia a preços muito mais elevados por conta da alta demanda.
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