As conversas entre o DEM e o PSL já estão avançadas para a criação de um novo partido, resultante da fusão das duas siglas. Em reunião ocorrida, nesta quarta-feira (29), dirigentes de ambas as legendas definiram o nome do partido e seu número de urna – respectivamente, União Brasil e 44.
Nesta última semana, ambas as executivas partidárias aprovaram o avanço do processo de fusão. Na próxima quarta (6), diretórios nacionais irão se reunir em Brasília para chancelar o acordo de maneira definitiva e bater o martelo sobre a nova legenda da política brasileira.
Espera-se que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) oficialize a fusão até fevereiro de 2022, possibilitando que o 44 já esteja presente nas urnas em outubro do ano que vem.
A nova sigla será presidida pelo atual presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), e a secretaria-geral ficará com o atual presidente do DEM, ACM Neto (BA).
A tesouraria, por sua vez, será ocupada pelo atual vice do PSL, Antonio Rueda (DF). No âmbito estadual, o DEM deve ficar com o comando de 17 diretórios e o PSL ficará com o restante (12) – tendo, porém, os diretórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, considerados os mais fortes da federação.
Uma vez confirmada a fusão, o novo partido terá a maior quantia dos fundos eleitoral e partidário, assim como o maior tempo de rádio e televisão para o pleito do ano que vem.
A bancada ficaria com 81 deputados e se tornaria, de longe, a maior da Câmara dos Deputados – além de quatro governadores e sete senadores.
Dificilmente, contudo, os 81 deputados ficarão na legenda nesta próxima legislatura, uma vez que o PSL acabou rompendo com Bolsonaro e uma parte considerável dos deputados eleitos pela ex-sigla do presidente ainda faz parte dos quadros do partido.
Na próxima janela partidária, que se inicia em março, deve haver uma debandada de bolsonaristas.
Ressalta-se, por fim, que a nova sigla pretende lançar pré-candidatura presidencial, contando, atualmente, com dois nomes de peso: o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
E Eu Com Isso?
A fusão deve ser confirmada já na semana que vem.
No curto prazo, não há efeitos práticos relevantes para o mercado, mas a entrada de uma sigla com caciques de peso e uma bancada legislativa grande pode ser diferencial tanto na corrida eleitoral quanto para os próximos quatro anos de mandato legislativo.
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