Na última quarta-feira (02), em mais uma negociação em bloco, a Marfrig (MRFG3) seguiu aumentando sua participação no capital social da BRF (BRFS3), chegando ao final do dia com 31,66%, confirmado via Fato Relevante publicado após o fechamento de mercado.
Por volta do meio dia da quarta-feira, a corretora do banco JP Morgan, a mesma utilizada por Marcos Molina (CEO e controlador da Marfrig) para as transações de compra até então, realizava uma negociação em bloco (block trade) no valor aproximado de R$ 14 milhões, com as ações da BRFS3 a 28,75, equivalente a 1,7% do capital social.
A Marfrig em Fato Relevante, continuou afirmando que não pretende indicar membro do Conselho ou interferir na administração da BRF, de modo que a compra faz parte da diversificação de investimentos do caixa da companhia.
E Eu Com Isso?
Embora a Marfrig siga afirmando que é meramente um investimento para diversificação de ativos, uma compra de participação equivalente a R$ 7,91 bilhões (considerando o último fechamento de BRFS3 a R$ 29,38 por ação) não é um montante desprezível, simplesmente para alocar o excedente de caixa.
Para fins de comparação, a Marfrig desembolsou cerca de R$ 1,4 bilhão em Capex (investimentos em manutenção e ativos fixos) no ano inteiro de 2020.
Pensando em termos operacionais, um investimento de mais de R$ 7 bilhões em áreas como inovação e novos negócios e aplicação na compra de outras empresas complementares faz muito mais sentido operacionalmente para a Marfrig, com potencial de abrir novas frentes de receitas.
Por esse motivo acreditamos que uma possível fusão entre as duas companhias é cada vez mais plausível, com o mercado já enxergando benefícios em uma potencial transação mais à frente.
Na quarta-feira (02 de junho) as ações da BRF (BRFS3) fecharam em alta de 4,11% e da Marfrig (MRFG3) em alta de 2,6%, em contraste com a primeira pernada de compra, no qual as ações da Marfrig fecharam em queda forte de mais de 4%.
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