Na segunda-feira (1), a CCR (CCRO3) anunciou, através de Fato Relevante, que a gestora de investimentos IG4 Capital não concluiu a transação de compra da participação de 14,86% da Andrade Gutierrez (AG) na companhia – operação firmada em agosto deste ano e que poderia chegar a R$ 5 bilhões.
De acordo com a carta enviada pela AGPar (Andrade Gutierrez Participações) para a CCR, o contrato de compra expirou em 31 de outubro sem que os dois pré-requisitos para a conclusão da transação fossem cumpridos, estes sendo: i) a renegociação de dívidas da Andrade Gutierrez junto ao banco Bradesco e Banco do Brasil e ii); e um novo acordo de acionistas da companhia, junto aos demais sócios do bloco de controle, Mover (Camargo Corrêa) e Soares Penido.
E Eu Com Isso?
Apesar de entendermos que o encerramento do contrato não implica em mudanças estruturais na empresa em relação ao seu planejamento estratégico e de crescimentos, acreditamos que a notícia é negativa para a companhia.
A compra da participação da AG na CCR pela IG4 seria um catalisador de curto prazo para a companhia, além da expectativa de que a entrada da gestora na CCR poderia fortalecer a governança corporativa da mesma.
Dessa forma, esperamos um impacto negativo no preço das ações da empresa (CCRO3) para o curto prazo.
Como perspectivas futuras, permanecemos otimistas com CCR. A companhia tem apresentado uma forte renovação de seu portfólio, tendo adquirido nos últimos meses cerca de 15 novos aeroportos federais, a concessão das linhas 8 e 9 da CPTM, e a operação do aeroporto de Pampulha, em Minas Gerais.
Além disso, a empresa sagrou-se a vencedora da concessão da rodovia Dutra na última sexta-feira (29), o que lhe garante mais 30 anos da concessão.
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