Trump, China e os juros no Brasil
A semana começou com os mercados em leve queda, reagindo mais uma vez às medidas de Donald Trump em relação ao comércio mundial. Dessa vez, o presidente americano solicitou a assessores para trabalhar em uma taxação adicional de 200 bilhões de dólares em produtos chineses.
Na quarta (19), as bolsas globais operaram próximas da estabilidade, com destaque para as commodities metálicas, que subiram pela notícia de que as usinas chinesas estão pagando mais por minério de qualidade em busca de melhorar a produtividade. O dia também foi de alívio para as moedas, com a lira turca e o rand sul-africano em forte valorização.
A manhã de quinta foi de alta na maioria das bolsas globais por conta das notícias de que a China deve reduzir tarifas de importação para a maioria dos seus parceiros comerciais. É uma medida para equilibrar o comércio global depois das recentes medidas dos EUA, fato que está impulsionando o mercado de commodities metálicas e de moedas dos emergentes.
Além disso, na quarta-feira o Banco Central decidiu manter em 6,5 por cento a taxa básica de juros (Selic) – como esperado por nós – e reiterou que o fato que deve fazer o comitê elevar a taxa (ou não) é a inflação. Nesta sexta (21), o IBGE divulgou o IPCA-15 de setembro, que mostrou uma alta de 0,09 por cento (abaixo do esperado, que era de 0,18).