Foi realizado em Nova York, entre domingo e terça-feira, o Retail´s Big Show, maior evento global do varejo que ocorre anualmente e é organizado pela NRF (National Retail Federation). Como era de se esperar, o tema mais comentado no evento deste ano, foi como a crise da Covid-19 vem obrigando as empresas do setor a acelerar projetos de inovação. E não falamos daquelas tecnologias mirabolantes, mas sim, de inovações que facilitem a vida do cliente no pós-pandemia.
Para o curto prazo, a estimativa é que os investimentos em tecnologia superem pela primeira vez os US$ 20 bilhões no mundo todo neste ano. Segundo dados apresentados no evento, até 2025 serão mais de US$ 60 bilhões. As tecnologias que mais avançaram, segundo consultores da NRF, foram as relacionadas à rastreamento em tempo real de coleta e distribuição de produtos, que proporcionem maior eficiência da comunicação de problemas de forma mais rápida. Dentro desse conceito estão os robôs que selecionam e carregam produtos nos centros de distribuição e interagem com humanos.
Uma outra novidade que foi apresentada no evento foram máquinas totalmente automatizadas, sem qualquer contato humano, como as da empresa norueguesa AutoStore, que trabalham em alta velocidade na coleta e despacho das mercadorias, e embora ainda não tenham chegado ao Brasil, alguns desses modelos já estão sendo utilizados pela Amazon e Alibaba. Máquinas que esterilizam os produtos e sem atendentes também estiveram em pauta no evento.
E Eu Com Isso?
Embora essas tecnologias pareçam distantes, uma tecnologia similar já é utilizada por varejistas no Brasil. Podemos destacar como exemplo, a Lojas Renner, que está implementando robôs de tecnologia mais avançada em seu novo centro de distribuição.
A companhia investiu R$ 1,2 bilhão em seu novo centro de distribuição (CD) na cidade paulista de Cabreúva. Entre os investimentos estão 312 robôs que buscam e separam os produtos do estoque.
Outras empresas do setor, como C&A, Riachuelo e Dafiti, também investem na automatização de seus CDs a fim de agilizar a entrega dos produtos, melhorando a experiência do consumidor.
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