A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) realizou, na manhã desta quarta-feira (8), seu investor day, comentando sobre as expectativas para os próximos anos, após ter vivido em 2021 o melhor ano da história da companhia, devido ao ótimo momento do setor.
Segundo Benjamin Steinbruch, presidente da companhia, a CSN teve em 2021 um desempenho muito acima da expectativa inicial, e espera um ótimo 2022 para a companhia.
Por conta da forte geração de caixa neste ano, a CSN conseguiu reduzir bem sua alavancagem, e agora pretende manter a relação dívida líquida/ Ebitda abaixo de 1 vez, mesmo com investimentos de R$ 4,1 bilhões previstos para o ano que vem. Outro ponto que contribuiu para esse fator foi o IPO da CSN Mineração.
As previsões de Luis Fernando Martinez, diretor executivo comercial da companhia, são mais otimistas que as do mercado.
Para ele, o crescimento no consumo aparente de aços planos e longos deve ser entre 5% e 6% em 2022, enquanto o Instituto Aço Brasil espera um aumento de 1,5%.
E Eu Com Isso?
A CSN, assim como as outras companhias do setor, atravessa um dos melhores momentos de sua história, com resultados recordes e baixa alavancagem, o que a permite realizar maiores investimentos ou distribuir proventos mais gordos a seus acionistas.
Vemos como positiva a estratégia da companhia em diversificar geograficamente sua receita. Atualmente, cerca de 85% a 90% dos negócios da CSN provêm do Brasil.
No planejamento da empresa, está uma mini usina de aços longos e um novo projeto de planos nos Estados Unidos, a duplicação da fábrica de Portugal e a produção de aço para construção na Alemanha.
Já na CSN Mineração, a companhia busca aumentar a qualidade de seu minério de ferro, o que a possibilita cobrar um prêmio em relação a cotação de mercado.
Segundo seu diretor financeiro, Pedro Oliva, a companhia espera preços do minério para 2022 entre US$ 100 e US$ 120 por tonelada, em linha com o preço atual da commodity.
Na divisão de cimentos, a CSN Cimentos tentou realizar seu IPO neste ano, mas adiou devido as condições de mercado.
Neste segmento, a companhia vem realizando aquisições, e será a segunda maior produtora de cimentos do país após a conclusão da compra da LafargeHolcim.
Ainda segundo a companhia, 2022 será um bom ano, com aumento de vendas para as construtoras que iniciarão as obras de lançamentos realizados este ano, assim como expansão de vendas para o segmento de infraestrutura.
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