Seguindo a tendência observada em 2021, o próximo ano deverá continuar com uma forte migração de consumidores do mercado regulado para o mercado livre de energia elétrica. Este movimento foi impulsionado primordialmente pela alta da tarifa energética, com esta sendo resultado do cenário de escassez hídrica enfrentado ao longo do ano e consequência do acionamento de térmicas, que provê energia mais cara quando comparada às hidrelétricas.
A despeito de uma redução considerável do risco de racionamento para 2022, é esperado que as tarifas continuem subindo no mercado regulado, com o despacho térmico sendo mais frequente para complementação do fornecimento de energia e manutenção dos níveis de reservatórios a patamares salutares.
Nesse sentido, os consumidores são atraídos para o mercado livre como uma alternativa de contratação de um fornecimento de energia mais barato, uma vez que este mercado permite que os mesmos negociem diretamente com geradores e comercializadores, sem a intermediação de uma distribuidora.
Segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), cerca de 70 mil unidades consumidoras de grande e médio porte já poderiam migrar para o mercado livre, de acordo com as regras atuais do setor. Assim, diante da possibilidade de se aumentar expressivamente o número de consumidores que desejam realizar essa migração para o próximo ano, já observamos uma mobilização por parte de empresas que visam absorver essa demanda represada, com estas oferecendo ferramentas que aceleram a comercialização de energia para estes clientes.
E Eu Com Isso?
A alta da tarifa energética em 2021 acelerou um movimento que já vinha acontecendo de migração de consumidores para o mercado livre. De fato, esta deslocação inclusive motivou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a avançar com as novas regras para o ACL (Ambiente de Contratação Livre) neste ano, com o objetivo de aprimorar o mercado brasileiro de comercialização de energia.
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