O CMGN (Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural) enviou nota técnica ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) recomendando que a Compass, da Cosan (CSAN3), tenha que vender parte de sua participação nas distribuidoras que a Gaspetro possui participação após sua aquisição.
Segundo o CMGN, a Compass deve possuir limites em relação à sua participação total no mercado de gás, evitando uma excessiva concentração em apenas uma empresa e possíveis riscos de práticas anticoncorrenciais.
A Compass, da Cosan, já é controladora da Comgás, maior distribuidora de gás do país, atuando no Estado de São Paulo, e está em processo para a aquisição da Gaspetro, da Petrobras (PETR4).
A Gaspetro é uma holding que possui participações minoritárias em 17 concessionárias distribuídas pelo país além do controle da Gas Brasiliano (SP).
Ainda segundo o CMGN, com a aquisição, a Compass passaria a deter influência sobre 76,5% do volume de gás comercializado no Brasil.
A recomendação do Comitê é que a influência máxima que uma companhia possa ter no mercado é de 30%, incluindo nessa conta a Comgás.
E Eu Com Isso?
A recomendação do CMGN pode fazer com que o Cade aplique “remédios” na aquisição da Gaspetro pela Compass, tendo que vender sua participação em diferentes distribuidoras.
Porém, isso já era de certa forma esperado pelo mercado.
Portanto, esperamos um impacto neutro nas ações da Cosan (CSAN3) até que o parecer do Cade seja de fato divulgado.
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