O WhatsApp anunciou nesta segunda-feira (15) o novo recurso de pagamento e transferência dentro do aplicativo. O Brasil será o primeiro país a recebê-lo e a processadora de pagamentos Cielo (CIEL3) foi a escolhida para ser a processadora de pagamentos. Repercutindo a notícia, as ações da Cielo dispararam 14 por cento.
Por outro lado, as ações da Stone e da Pagseguro fecharam em queda de 0,11 por cento e 2,7 por cento, respectivamente, na bolsa dos Estados Unidos. As ações do Facebook fecharam em alta de 1,7 por cento.
A notícia é de fato positiva para a companhia, mas o forte impacto positivo no preço das ações pode ter sido mais intenso devido ao vencimento de opções nesta segunda na B3, com uma pressão nas posições vendidas em Cielo, conhecido como “short squeeze”. No ano as ações (CIEL3) ainda acumulam queda de 42,6 por cento, comparado à queda de 20,1 por cento no Ibovespa.
Um dos grandes problemas do setor é alta concorrência e falta de diferenciação entre produtos e serviços. Porém, a Cielo agora conseguiu seu espaço para participar de um projeto inovador e, ao menos por enquanto, saiu na frente da concorrência. Como não há exclusividade, a concorrência vai continuar acirrada.
Mesmo diante da enorme quantidade de usuários do WhatsApp (mais de 100 milhões), apenas os clientes que têm contas no Sicredi, no Nubank e no Banco do Brasil poderão utilizar o aplicativo.
Acreditamos que esta notícia é positiva, mas não vira o jogo para a Cielo, pois depende de mudanças nos hábitos do consumidor.
Apesar da isenção de taxas para pessoas físicas, será cobrada do comerciante uma taxa de 3,99 por cento por transação tanto no crédito quanto no débito. As taxas da Cielo atualmente variam entre 2,39 por cento no débito a 4,99 por cento no crédito, segundo informações do site da adquirente.
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