O Banco Central Chinês (PBoC) manteve sua taxa básica de juros de um ano estável em 3,85% pelo décimo sexto mês consecutivo, enquanto a taxa de cinco anos, usada como referência na determinação de empréstimos no mercado imobiliário chinês, foi conservada em 4,65%.
A evolução da taxa de cinco anos é de especial interesse em razão da elevada alavancagem do setor imobiliário na China, em geral, e de sua principal construtora, Evergrade, em particular.
As dívidas da empresa correspondem a algo no entorno de 300 bilhões, ou 2% do PIB (Produto Interno Bruto) chinês de 2020.
A equalização do problema é particularmente difícil, na medida em que o governo chinês, após a má experiência de excessivos gastos na crise de 2008, desta vez tem agido com maior parcimônia, mantendo as taxas até muito recentemente em valores mais altos entre emergentes, que agora voltam a normalizar sua Política Monetária.
Trata-se de uma difícil tarefa a harmonização entre o socorro ao balanço da companhia, que, se falir, traria a economia chinesa a reboque, e a parcimônia no refinanciamento de crédito considerado ruim.
Embora o partido chinês não tenha imposto uma meta ambiciosa de crescimento para esse ano (6%), as metas têm tido o efeito de fazer com que a economia chinesa venha operando a marcha forçada ano após ano.
No primeiro semestre, por exemplo, o estoque de crédito avançou 12,6%, enquanto a oferta de moeda sofreu alta de 8,6%.
E Eu Com Isso?
Os mercados iniciam esta sexta-feira em queda nos contratos futuros do índice americano S&P 500 e de queda nos contratos futuros do Ibovespa.
As notícias são negativas para a Bolsa.
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