O cenário desfavorável de juros elevados e aumento nos custos de logística tem levado os marketplaces (plataformas de venda de produtos de lojistas diversos) a adotarem estratégias de reajustes para recuperarem suas margens de lucro. Entre os reajustes que grandes varejistas têm adotado, estão a redução dos subsídios atrelados ao frete e aumento das taxas de comissão sobre as vendas.
Entre as companhias que anunciaram medidas, estão o Mercado Livre (MELI34), Via (VIIA3) e Amazon (AMZO34). No caso do Mercado Livre, a partir do mês que vem, o lojista, que hoje recebe o valor da venda em até 48 horas, passará a receber o dinheiro entre 5 e 8 dias úteis após a entrega do produto. Os parcelamentos sem juros também estão diminuindo e para os próximos meses é esperada ainda a aplicação de tarifas que até então não eram cobradas.
Já a Via, comunicou nesta quarta-feira (12), que, através de suas subsidiárias, adquiriu 100% do capital social da logtech CNT, acelerando a oferta de serviços de fulfillment e fullcommerce no e-commerce brasileiro.
A CNT é uma empresa especializada em ofertas completas para operações de e-commerce, multi-marketplace e plataformas no modelo plug & play, com atuação em (i) fulfillment e (ii) fullcommerce (white label) através de soluções personalizadas e baseada em tecnologias proprietárias). A CNT também possui parceria com as principais transportadoras e conexão com grandes marketplaces através de soluções próprias para integração HUB e ERP.
E Eu Com Isso?
Vemos a mudança como uma resposta das varejistas na tentativa de melhor rentabilizar sua base de clientes. Os anos de 2020 e de 2021 foram caracterizados por (i) guerra de preços para atrair mais lojistas para os marketplaces e (ii) altos investimentos em logística e serviços para atender tanto o consumidor final como os vendedores das plataformas. Não esperamos grande impacto nos preços das ações no curto prazo.
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