A Invepar, gestora de mobilidade urbana e infraestrutura, retomou, recentemente, seu processo de busca de um investidor para o aeroporto de Guarulhos, ativo controlado pela mesma.
Auxiliando a companhia, está o banco Goldman Sachs, que tem o mandato do negócio. O banco de investimentos tem prospectado nas últimas semanas potenciais investidores para a gestora que tenham interesse em realizar aporte acima de R$ 1 bilhão.
Apontados como potenciais interessados, a gestora de hedge fund Farallon e a CCR (CCRO3) estariam avaliando a possibilidade de investimento no ativo, hoje um dos principais do setor de infraestrutura do país.
A atual concessão vai até 2032 e é controlada pela Invepar, com 51% das ações da companhia. Os outros 49% pertencem à Infraero.
Sobre os potenciais interessados, destaca-se o histórico de atuação no setor de infraestrutura dos mesmos, com a CCR operando a concessão da Dutra e a gestora Farallon já ter assumido por um período a Rota das Bandeiras, concessão rodoviária que era da Odebrecht.
Além disso, a gestora também detinha participações nas operações da Invepar, tendo-as vendido ao fundo árabe Mubadala no início deste ano.
A Invepar foi criada por três fundos de pensão estatais mais a antiga OAS. Hoje, possui quatro acionistas com participações iguais (25%), sendo estes o Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e o fundo Yosemite.
No passado, a gestora chegou a receber algumas propostas para a aquisição do aeroporto de Guarulhos, como da gestora IG4 Capital em 2019.
Na época, as conversas não avançaram, em grande parte, por resistência dos fundos de pensão em relação ao preço oferecido à época.
E Eu Com Isso?
A despeito dos problemas da concessão no passado, quando foi leiloada, em 2012, com premissas de crescimento de PIB muito altas e outorga elevada, o aeroporto de Guarulhos continua sendo um dos principais ativos de infraestrutura do país.
Nesse contexto, acreditamos que a notícia pode se refletir positivamente no preço das ações da CCR (CCRO3), potencial candidata ao arremate e com expertise na operação de aeroportos.
Uma ressalva aos potenciais interessados, no entanto, é o aporte a ser realizado no investimento, que pode tornar o mesmo mais ou menos atrativo.
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