A unidade de seguros do banco estatal Caixa Econômica Federal deve realizar seu IPO até o fim de abril. Com ele a companhia pretende captar até 5,7 bilhões de reais, dinheiro que iria direto para a Caixa, uma vez que a oferta será 100 por cento secundária, isto é, sem a emissão de novas ações. A companhia anunciou nesta terça-feira (6) que a faixa indicativa de preço é de 9,33 reais a 12,67 reais por ação.
A venda da parte da Caixa Seguridade já era algo planejado há bastante tempo, sendo essa a terceira tentativa de realização do IPO, tendo a alta volatilidade do mercado em 2020 como principal responsável pelos atrasos.
Os atrasos também resultaram em uma alteração na estrutura inicialmente pensada para oferta, originalmente o plano era vender 25 por cento do capital da holding de seguros, visando um valuation de 60 bilhões de reais.
Agora a oferta contará com uma venda de 15 por cento de participação da companhia com uma valuation de 36 bilhões de reais, uma diminuição considerável refletindo uma mudança das perspectivas do mercado.
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O IPO pode se mostrar uma opção interessante no setor, a rede de distribuição dos serviços conta com mais de 3 mil agências da Caixa Econômica Federal, além de oferecer uma ampla gama de seguros, incluindo seguro de vida, seguro habitacional, de ramos elementares e de automóveis, bem como planos de previdência privada, títulos de capitalização e consórcios.
Os atrasos nos planos também resultaram em uma oportunidade para a companhia aumentar o número de operações com parceiros (joint ventures), diminuindo incertezas do mercado,
Em 2020 a companhia apresentou lucro de 1,77 bilhões de reais, além de indicadores operacionais interessantes, o retorno sobre patrimônio líquido da companhia atingiu 24,9 por cento, número em linha com as companhias privadas, como a Qualicorp (QUAL3) que atingiu 25,4 por cento no mesmo ano.
Assim como foi visto nesta semana, com a Caixa se desfazendo de sua participação do Banco Pan (BPAN4), é esperado que a companhia adote a mesma estratégia, se desfazendo da participação da unidade de seguros ao longo dos próximos anos.
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