Brexit: o desfecho saindo do forno
O parlamento britânico tomou o doce da primeira ministra britânica Theresa May. Agora responde de forma autônoma pelo BREXIT, colocando em votação hoje o destino da relação entre o Reino Unido e a União Europeia.
Vaidades e gulas políticas de ambos os lados do Canal da Mancha vêm adiando o processo, que já está passando do ponto. Entre os prognósticos para a votação temos: um leve Brexit, onde o Reino Unido permaneceria como membro da união aduaneira europeia; o desligamento total da Europa; um segundo referendo, para ver se os britânicos já aprenderam a votar segundo os interesses de seus líderes; ou mesmo a anulação do voto popular, que escolheu a saída do mercado europeu.
Enquanto os ingleses saboreiam sua indecisão, a União Europeia se diz preparada para qualquer resultado. O mercado financeiro vem reagindo a todo rumor e suspiro mais forte vindos dos bastidores políticos. Assim provoca volatilidade tanto nos movimentos da libra esterlina quanto das bolsas europeias nos últimos dias.
E Eu Com Isso?
Parece razoável afirmar que os investidores ainda vivam na forte alta das bolsas internacionais desde janeiro. O mercado parece que ainda não precificou a eventualidade de um desfecho amargo no processo do Brexit.
Um resultado negativo na votação de hoje, ou desenvolvimentos menos açucarados nas próximas semanas, podem cristalizar um movimento de correção nas bolsas.
Nesta hipótese, permanecemos na posição de que as ações europeias sofrerão maior impacto do que as britânicas. Assim como reiteramos nossa preferência ao dólar americano frente a outras moedas. Já se observa, pois, um apetite no fluxo financeiro global para a moeda norte americana.