A Engie (EGIE3), maior geradora privada de energia no país, tem planejado novos projetos de modo a atingir sua meta de capacidade global de produção de 4 gigawatts (GW) de hidrogênio verde até 2030.
Nesse sentido, o Brasil, devido à sua abundância de água e ao bom preço da energia gerada por fontes renováveis – importante para a eletrólise, processo que dá origem ao hidrogênio -, terá um papel de destaque na nova empreitada, conduzindo os projetos de energia verde da companhia.
Para ocupar a divisão de desenvolvimento de negócios globais de hidrogênio verde do grupo, foi selecionado Raphael Barreau, vice-presidente executivo que ficará baseado no Brasil.
Segundo Barreau, a complementaridade entre a geração eólica, solar e hidrelétrica no país garante fornecimento constante de energia limpa, fator importante para baratear o custo das unidades de eletrólise.
A despeito das vantagens competitivas apresentadas, o executivo ainda pontua desafios a serem superados no território brasileiro para que este se mantenha atrativo para projetos.
Dentre os principais fatores a serem endereçados, destaca a ampliação da conexão da atual rede de transmissão, importante para a garantir o acesso de outras regiões à energia renovável produzida no Nordeste, e o aprimoramento da atual regulação, de modo que o hidrogênio possa ser injetado nas redes de transporte e distribuição de gás natural.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a Engie Brasil. Além de maior aderência às práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança), que beneficia as operações da geradora privada, contribuiu fortemente para as operações o destaque dado para o Brasil nessa empreitada, com o mesmo conduzindo os futuros projetos de hidrogênio verde.
O fato de o vice-presidente executivo de desenvolvimento do segmento, Raphael Barreau, estabelecer-se no Brasil para comandar a estratégia também corrobora a visão de que o país terá um papel chave para a estratégia do grupo, beneficiando principalmente sua subsidiária local.
Apesar das notícias animadoras para a operação da companhia, estas ainda se encontram em um estágio inicial de planejamento, de modo que as contribuições positivas para a operação só deverão ser refletidas no longo prazo, com o preço das ações da companhia (EGIE3) apresentando um comportamento neutro no curto prazo.
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