A Alliar (AALR3), rede de medicina diagnóstica com 105 laboratórios em 10 estados brasileiros, encontra-se no meio de uma disputa entre a Rede D’Or (RDOR3) e o empresário Nelson Tanure.
A Alliar, por meio de Fato Relevante, informou que recebeu o comunicado da Pátria, gestora até então controladora da empresa, de que firmou um contrato de compra e venda da totalidade das ações detidas pela gestora com a MAM Asset Management, outra gestora de recursos que administra um dos veículos de investimentos de Tanure.
O empresário já possui cerca de 30% das ações da Alliar, tornando-se o maior acionista da empresa e dificultando a compra pela Rede D’Or.
Tanure já possuía uma participação na empresa, mas precisou acelerar suas compras após o anúncio de intenção de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), a ser realizada pela Rede D’Or nos últimos dias.
O empresário procurou o Pátria, até então o maior acionista da empresa, e comprou sua participação na empresa, de cerca de 20%.
Segundo Tanure, ele vê a Alliar como um negócio de longo prazo e uma empresa com potencial de se igualar às duas maiores do mercado.
A operação ainda depende da aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
E eu com isso?
A disputa pelas ações da Alliar (AALR3) é positiva para as ações da empresa, que já subiram cerca de 36% nesta semana, além de ganhar um sócio relevante com um horizonte de longo prazo.
Já a Rede D’Or, que comprou cerca de 3% da participação da empresa no mercado, terá maiores dificuldades na aquisição do controle da companhia.
A empresa comunicou sua intenção de uma oferta pública de aquisição da Alliar, mas não contava com a entrada de um competidor na disputa, inclusive pretendendo levantar capital através da emissão de debêntures.
Porém, mesmo se não obtiver sucesso com a Alliar, como pretendia, deve seguir no mercado em busca de novas oportunidades de negócio, seguindo sua estratégia de aquisições e colocando o pé em direção à verticalização de suas operações.
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