Levante Ideias - Coronavírus

A Ômicron e a China

O comportamento dos mercados na Ásia e na Europa na manhã desta terça-feira (07) comprovou a tese de que o maior fator de instabilidade dos preços são as incertezas.

Em uma entrevista no domingo (05), o médico americano Anthony Fauci, mais conhecido infectologista dos Estados Unidos e principal consultor de saúde da Presidência americana, disse que os primeiros dados sobre a variante Ômicron do coronavírus eram “encorajadores”, embora tenha advertido de que ainda era preciso levantar mais dados e fazer mais estudos para chegar a uma conclusão.

No entanto, as declarações de Fauci vieram ao encontro de uma percepção dos especialistas. Por ser muito mais contagiosa que as demais, a variante Ômicron provoca menos danos e é menos letal.

Assim, mesmo que ainda leve tempo para que os laboratórios desenvolvam uma vacina contra essa nova cepa, será possível manter as economias funcionando sem a necessidade de novas medidas de isolamento.

Como resultado, as ações asiáticas subiram. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,89% e em Hong Kong o índice Hang Seng avançou 2,72%. A alta foi mais concentrada nas ações de tecnologia. O índice Hang Seng Tech avançou 4,21%, uma das maiores altas do ano.

O índice amplo MSCI Ásia Pacífico, que considera todos os mercados com exceção do Japão, avançou 1,72%. A alta se estendeu à Europa, com o índice Pan-Europeu avançando 1,9%.

Além da Ômicron, notícias de estímulos econômicos por parte do governo chinês também animaram os mercados. As autoridades em Pequim indicaram que vão tomar medidas para impulsionar a economia, tentando aliviar a crise do setor imobiliário, que vem sofrendo com endividamento em excesso.

O Banco do Povo, o banco central chinês, deverá montar um plano de empréstimos direcionados às empresas imobiliárias. Além disso, ele vai reduzir os depósitos compulsórios, liberando 1,2 trilhão de renminbis (US$ 188 bilhões) para a economia.

A economia da China não está crescendo tão rapidamente quanto o esperado, pois enfrenta os ventos contrários da desaceleração global e a queda de seu mercado imobiliário, que já foi um importante motor de crescimento.

Na terça-feira (07), o principal centro de pesquisa econômica do governo chinês estabeleceu a meta para o crescimento da economia em 2022 para 5,5%, levemente abaixo dos 6% esperados anteriormente.

Em outubro, o FMI (Fundo Monetário Internacional) havia reduzido seus prognósticos para o crescimento chinês para 5,6%. Com os estímulos ao setor imobiliário, é provável que esse número venha melhor do que as projeções.

E Eu Com Isso?

Os contratos futuros do Ibovespa iniciam a manhã com uma forte alta de 1,5%, seguindo o entusiasmo dos mercados globais. Além das altas na Ásia e na Europa, os contratos futuros do índice americano S&P 500 também estão em alta

As notícias são positivas para a bolsa.

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Leia também: Qual o risco do “novo” novo coronavírus?

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