Na última semana, uma série de notícias contribuíram para derrubar os preços do petróleo no mercado internacional.
Primeiramente, a política “Zero-Covid” adotada pela China tem provocado uma série de lockdowns no país. Na segunda-feira (28), em virtude do aumento do número de casos, as autoridades chinesas anunciaram um novo – e rigoroso – lockdown, que inclui a suspensão do transporte urbano, o fechamento de fábricas e escritórios e a interrupção do comércio na cidade de Xangai, a segunda mais populosa do país.
As interrupções na circulação de pessoas e no funcionamento de fábricas no país mais populoso do planeta têm provocado uma leve redução na demanda por petróleo, trazendo certo alívio para o preço da commodity nos últimos dias.
Em adição a isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país deve liberar um milhão de barris de petróleo por dia nos próximos seis meses. O intuito é conter a alta dos preços do produto enquanto durar a guerra na Ucrânia.
Por fim, Rússia e Ucrânia retomaram as negociações nos últimos dias, ainda sem grandes avanços. De qualquer forma, sinalizações de que ambas as nações estão dispostas a discutir os termos para um cessar-fogo já são bem vindas pelo mercado, e contribuem para o recuo dos preços das commodities.
Esses fatores fizeram com que o preço do barril de petróleo tipo Brent – aquele extraído no Mar do Norte e negociado na Bolsa de Londres – fechasse a semana em forte queda.
As ações das petrolíferas brasileiras, por sua vez, encerraram a semana com perdas mais contidas, uma vez que os papéis do setor já se encontravam bastante descontados levando em consideração os resultados sólidos apresentados no último ano.
Pensando no curto prazo, o setor de óleo e gás ainda oferece oportunidades interessantes, uma vez que as petrolíferas brasileiras continuam a negociar a múltiplos atraentes.
Além disso, a transição de matrizes energéticas poluentes e escassas, como petróleo e carvão, para matrizes limpas e renováveis não é um processo fácil, e muito menos rápido.
Diante da desaceleração dos investimentos na extração de combustíveis fósseis, motivada pelo aumento da busca por fontes alternativas, e da natureza escassa do petróleo, as companhias bem posicionadas no setor ainda têm espaço para apresentar resultados robustos por bastante tempo.
Por fim, o potencial do investimento em petrolíferas foi o tema do “Grande Debate Investimentos”, da CNN Brasil, que contou com a participação do nosso analista Enrico Cozzolino.
Para conferir o debate na íntegra, clique aqui.
Tenha um ótimo domingo,
Equipe Levante