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A rentabilidade do Tesouro Direto despencou. E agora?

Geralmente quem investe em renda fixa procura um investimento mais tranquilo e seguro, mas não é isso que estamos vendo nas últimas semanas. A rentabilidade do Tesouro Direto tem sofrido variações dignas de Bolsa de Valores, deixando os investidores preocupados com os seus investimentos. E agora, o que fazer?

Muita calma nessa hora

Se você é um investidor do Tesouro e está preocupado com a situação do mercado, a principal dica é simples: nada de se desesperar! Não tem sido fácil manter a calma em meio ao péssimo clima do mercado financeiro, mas apelar para o desespero não ajuda em nada.


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Com a exceção do Tesouro Selic, cujo retorno segue a variação da taxa básica de juros, quase todos os outros papéis sofreram desvalorização neste ano. Aliado a isso, é possível afirmar que o ciclo de queda da Selic pelo Banco Central acabou. Com uma taxa de juros mais alta, há um estímulo maior para a volta do capital estrangeiro para o país, o que poderia conter o enfraquecimento do real em relação à moeda americana – embora também possa pressionar a inflação (o principal foco do BC).

Quando o assunto é câmbio, recuperação da economia e a disputa das eleições presidenciais, é normal que a insegurança acabe dominando. E a pergunta que fica é: como devo me posicionar no Tesouro Direto?

Suspensões e incertezas no Tesouro Direto

Nos últimos dias, o Tesouro Direto sofreu mais de 30 suspensões de negociações da plataforma, preocupando quem precisou resgatar recursos ou até mesmo quem viu seus títulos se desvalorizarem drasticamente. E os motivos para tal instabilidade são diversos: as turbulências foram registradas no cenário interno e externo mexeram com os preços dos títulos a ponto de fazer interrupções quase que diárias nos negócios.

As suspensões por conta da volatilidade começaram a acontecer no dia 17 de maio, logo após o anúncio do Banco Central surpreender o mercado com a manutenção da taxa Selic em 6,5% ao ano. Pouco depois, somaram-se a isso as tensões do mercado externo (responsáveis pela disparada do dólar) e a greve dos caminhoneiros.

A percepção de risco do país piorou, fato que derrubou o preço dos títulos públicos prefixados e dos atrelados à inflação. Em maio e junho, as suspensões de negociações do Tesouro foram recorrentes, contrastando com o ano de 2017, que sofreu apenas interrupções por seis dias – o mais marcante ficou conhecido como “Joesley Day”.

O que são as marcações à mercado?

A alta do dólar aliada à queda da Bolsa fez com que o Tesouro Prefixado 2025 sofresse desvalorização de 9,43% em 30 dias. O IPCA+ 2045 despencou ainda mais, chegando a recuar 11,39% no período.

Essas quedas acontecem por conta do que é chamado de marcação é mercado. Ela nada mais é do que a atualização (geralmente diária) do preço de um ativo de renda fixa. Ou seja, eles podem variar de um dia para o outro de acordo com a expectativa do mercado (quanto acham que a taxa valerá daqui a alguns anos, por exemplo).

Então quem compra e vende antes do vencimento desses títulos recebe a taxa que foi estipulada no dia. Já se você comprou com uma taxa prefixada e carregar o título até o vencimento, você vai receber a taxa que foi combinada antes. Por esse motivo que as oscilações acontecem.


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A rentabilidade do Tesouro Direto

Com certeza os títulos públicos continuam atrativos. Os retornos reais (na casa dos 6%) ainda estão bem expressivos. O que tem pesado contra, neste caso, é o clima de incerteza com as taxas no futuro.

Ao menos por ora, o indicado para quem tem perfil conservador e não quer se expor às oscilações do mercado, é se posicionar com retornos em papéis pós-fixados. Neste caso, sua rentabilidade varia conforme a taxa básica de juros da economia e aumentam conforme os juros sobem. Ainda que a taxa atual da Selic fique em um patamar baixo, esta escolha parece ser a mais indicada.

Vender os títulos e realizar o prejuízo?

Muitos leitores procuram a Levante com essa dúvida comum. E a resposta é simples: não venda seus títulos e evite realizar o prejuízo agora. Embora os títulos sofram oscilações diárias, o retorno sempre será garantido para quem os mantiver até o vencimento. Independentemente das quedas recentes, você receberá a rentabilidade que foi combinada no ato da compra, sem erros.

Na hora de investir seu dinheiro, evite ao máximo ser passional. Para manter bons rendimentos, é fundamental tratar o dinheiro de forma racional, evitando as escolhas ruins que corroem seus lucros.

Por isso, não se preocupe se momentaneamente a rentabilidade do Tesouro Direto caiu. Mantenha a calma e conte com a Levante para entender melhor como se posicionar. Curtiu? Compartilhe o artigo com seus conhecidos e ajude outras pessoas a entender o funcionamento dos títulos públicos.

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