Atenção à Powell em Jackson Hole
A aguardada fala de Jerome Powell, o presidente do Banco Central americano, será agora pela manhã em Jackson Hole, o resort em Wyoming em que os líderes do Fed estão reunidos. Será apenas um discurso lido, sem perguntas e respostas (para não colocá-lo em sinucas). Boas chances para captar quais serão os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos. Mesmo porque, ao que parece, nem o próprio Fed chegou a um acordo final do caminho a seguir. Três dirigentes, no entanto, já se manifestaram contra cortes de juros. Na balança ainda deve ser adicionada a possível reação de Trump, que poderá adotar políticas mais protecionistas em meio a Guerra Comercial sino-americana. Mais taxações poderão ser uma pressão extra à atuação do Fed. Na dúvida, os mercados operam no campo positivo, porém muito sensíveis às interpretações.
Guerra Comercial. A China acabou de anunciar sua nova retaliação aos EUA. Sobretaxas de 5 a 10 por cento em 75 bilhões de dólares de bens importados americanos. A expectativa é que comece em 15 de dezembro.
Brasil. O relator da reforma da Previdência, Tasso Jereissati (PSDB-CE), anunciou no fim da tarde de ontem o adiamento da apresentação do seu parecer, que estava marcado para hoje. Por enquanto, ainda não há nova data prevista. Já tínhamos comentado que temas polêmicos já vêm tirando o foco do governo, o que não é diferente agora. Dessa vez, o calendário pode sofrer atraso devido a pressões externas com a queimada na Amazônia. Bolsonaro e sua família já se envolveram em polêmicas com o presidente francês que podem ter efeitos comerciais.
E Eu Com Isso?
O clima de tensão nos mercados fará com que o dia seja negativo tanto no mercado local quanto no internacional. Com isso, esperamos um dia negativo para os ativos locais e dólar.