Corte de Juros não é necessário
Todas as atenções estão voltadas ao banco central americano. Pode ser anunciado o primeiro corte de juros dos EUA em mais de dez anos. O comunicado está marcado para às 15h. O mercado precifica uma grande chance de isso ocorrer.
No entanto, com uma economia crescendo +2,1 por cento ao ano, desemprego em baixa recorde de -3,6 por cento e inflação de +2 por cento, consistente com a meta do Fed, se tem uma coisa que os EUA não precisam neste momento é um corte de juros.
A redução teria uma razão principal:
O Fed antecipa uma queda na atividade econômica que ainda não ocorreu de verdade. Haja vista os números acima e as referências de solidez econômica presentes em recentes declarações de seu presidente Jerome Powell.
E Eu Com Isso?
Cenário 1, corte das taxas:
Esperemos um movimento de alta nas bolsas tanto nos EUA como em países emergentes.
Cenário 2, manutenção das taxas:
Esta medida pegaria o mercado um pouco de surpresa e poderíamos ver uma queda das bolsas, e maior volatilidade para as próximas semanas. Investidores poderiam reagir e se proteger comprando ouro, por exemplo.
Cenário 3, aumento das taxas:
O resultado é extremamente improvável e contrariaria o consenso dos investidores. Nesse caso, poderíamos ver uma queda mais brusca nos mercados internacionais e uma fuga para o dólar. Isto acarretaria, portanto, uma desvalorização das moedas de países emergentes, como o real.
Mas, como diria Joseph Zilde, estrategista-chefe da Blackstone, uma das maiores empresas de investimentos do mundo, o mercado tem um péssimo histórico em prever as decisões do FED. Geralmente, o consenso está equivocado.
Assim, aguardamos o desenrolar dessa saga das taxas de juros, que tem sido o fator determinante dos movimentos financeiros em 2019.
Confira
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