Balanço sobre a Comissão Especial
Nesta quarta-feira (8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, compareceu à audiência pública na Comissão Especial da Reforma da Previdência para responder questionamentos de deputados. O balanço: as expectativas eram altas, devido ao episódio de quando o ministro foi à CCJ e sofreu diversas críticas da oposição – gerando muito tumulto.
Dessa vez, o governo adotou a estratégia para blindar Guedes: buscou ocupar as primeiras cadeiras da sessão e praticamente colocou um parlamentar governista ao lado de cada oposicionista. A sessão durou pouco mais de 8 horas. O ministro voltou a defender o sistema de capitalização, a potência fiscal da reforma e admitiu, também, que o governo tem problemas de comunicação com relação à reforma. Em comparação à CCJ, o clima foi bem menos conturbado, apesar de algumas trocas de farpas.
E Eu Com Isso?
No geral, não houve grandes novidades na presença do ministro. As confusões, mais pontuais e mais para o fim da sessão, foram bem contornadas e se deram muito porque o economista acabou se exaltando. Ao final, Guedes pediu desculpas pelos excessos. Vale ressaltar a presença de Rodrigo Maia e Onyx Lorenzoni em momentos da sessão.
Com relação à defesa da reforma, essa sim foi feita de forma bastante clara e direta. O discurso inicial do ministro e de seu secretário da Previdência, Rogério Marinho, foram irretocáveis. Visaram reforçar os princípios da reforma: redução de privilégios, correção de desigualdades e responsabilidade fiscal.