Gigante mais vulnerável
Os dados da balança comercial de abril da China divulgados ontem não foram animadores. As exportações recuaram -2,7 por cento e as importações subiram +4 por cento. Em outras palavras: o gigante chinês está sentindo os efeitos da guerra tarifária. Se, por um lado, os dados revelam um calcanhar de Aquiles chinês, por outro, pode ser positivo para o avanço concreto na resolução do impasse com os EUA já nesta semana.
Por aqui, a safra de resultados corporativos segue a todo vapor, ajudando a definir o rumo do Ibovespa. Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) divulgará sua decisão sobre a Selic após o fechamento dos mercados. Parte dos economistas enxergam espeço para uma redução. Pessoalmente, não vejo chances de isso ocorrer sem uma Reforma da Previdência. É necessário primeiro acertar o lado fiscal do governo para abrir espaço para um juro menor. Mas vale acompanhar de perto os próximos passos encabeçados por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
E Eu Com Isso?
Depois de um início de maio bem negativo, o dia será positivo e de recuperação. Ontem, na parte final do pregão, o mercado local já ensaiou uma melhora e fechou muito melhor do que abriu. As perspectivas políticas com o andamento da Reforma da Previdência e o jogo político do governo ajudarão nisso.