No país do milhão
Para aqueles que insistem em anunciar uma crise na China, ela não chegou – novamente. Os dados de crédito e exportações vieram acima das expectativas e empolgam Bolsas ao redor do mundo. É claro que o risco da guerra comercial com os EUA e Brexit devem ser colocados na conta, mas o sentimento de otimismo tende a prevalecer.
Por aqui, apesar da boa notícia da Bolsa brasileira ter atingido um milhão de CPFs (exatos 1.007.413 de investidores), não temos tantos motivos para comemorar. Temos mais um político envolvido em denúncias de corrupção: ninguém menos do que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mais de um milhão de reais de recebidos da Odebrecht em planilhas com “Botafogo” e “Inca”.
A denúncia é um grande entrave à reforma da Previdência, que fica com o calendário comprometido, e escancara a fragilidade do governo. Ponto que soma a outro empecilho à sua tramitação, a prioridade dos deputados será dada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Orçamento Impositivo para, depois, a Previdência.
Outro fato relevante, desta vez do Palácio do Planalto. Bolsonaro impediu um reajuste do preço do diesel pela Petrobras. Tal fato já gera desconfortos e faz com que as ações da empresa despenquem. Ninguém quer ter ingerência política de volta. Por isso, o clima fica pesado e as incertezas aumentam, fazendo com que os investidores recuem as suas posições
E Eu Com Isso?
Mesmo o dia mais positivo nos mercados internacionais não será suficiente para animar o dia com político pesando por aqui. Com isso, teremos um dia negativo para os ativos locais.