O Banco Santander Brasil (SANB11) foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2021 na manhã desta quarta-feira (02) antes da abertura do mercado. O retorno sobre capital próprio (ROE) foi de 20%, uma queda de 2,4 pontos percentuais em relação ao 3T21. O lucro líquido do banco atingiu R$ 3,8 bilhões no 4T21, uma queda de 10,6% em relação ao 3T21. No ano de 2021, o lucro líquido fechou em R$ 14,9 bilhões, uma alta de mais de 11% em relação a 2020.
A Margem Financeira Bruta do Banco apresentou crescimento de 8,8% em relação ao ano anterior, impulsionado pela melhora de mix da sua carteira de crédito, que compensaram a pressão nos spreads, além do aumento das operações com pessoas físicas e PME. Na comparação com o 3T21, houve uma redução significativa de 30,9% na margem com mercado, o que explica a queda de 3,2% na margem financeira bruta.
Houve um aumento relevante na PDD (provisão para devedores duvidosos), esse aumento pode ser explicado pela mudança do mix de crédito que foi responsável pela melhora de margens, no ano de 2021 a PDD aumentou 10,3%. Assim, o custo do crédito representou 2,7% da carteira de crédito no trimestre. O índice de inadimplência acima de 90 dias teve mais uma alta, fechando em 2,7%, versus 2,4% no 3T21.
A carteira de crédito seguiu a tendência de crescimento vista ao longo de 2021 e do trimestre passado, com uma expansão de 12,4% na comparação anual, atingindo R$ 462 bilhões, com destaque para a carteira de pessoas físicas com crescimento de quase 21%. Se compararmos com o 3T21, houve uma leve alta de 3,2%.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias tiveram uma expansão em relação ao ano de 2020, no valor de 13,9%, atingindo 18,9 bilhões no ano e quase 5 bilhões no 4T21. Nesta linha, o principal destaque ficou com as receitas de cartões, que teve uma expansão de 30%, e de seguros, com alta de 14%. As despesas totais da companhia apresentaram crescimento de 3,9% na comparação anual, atingindo 21,2 bilhões no ano de 2021.
E Eu Com Isso?
De forma geral, o resultado do Santander Brasil, terceiro maior banco privado do país, veio um pouco abaixo do esperado. Esperamos um impacto ligeiramente negativo nas ações da companhia. Enxergamos que apesar da melhora no mix ter impulsionado as margens financeiras, a decepção foi o resultado das operações com o mercado, que não conseguiu repetir o bom resultado do trimestre anterior. Além disso, a pior qualidade dos ativos já parece impactar o resultado.
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