A poucos dias para a volta das atividades do Congresso Nacional, o grande tema em discussão na Esplanada dos Ministérios e no Planalto continua sendo a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos combustíveis.
Nesta quinta-feira (27), o presidente Bolsonaro desautorizou ministros a avançarem com a proposta nos termos preparados, alegando que a ideia de criação de um fundo de estabilização de preços não teria o efeito desejado para o alívio inflacionário. Até segunda ordem, portanto, está proibido falar sobre o tema em público – e o governo segue buscando soluções para bancar uma redução dos preços envolvendo combustíveis e energia elétrica.
O episódio aconteceu em reunião com diversas pastas, que contou com a participação dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Flávia Arruda (Secretaria de Governo) e Bento de Albuquerque (Minas e Energia). Nesse sentido, continuam as divergências sobre a melhor solução para apaziguar a alta de preços nessas frentes.
A princípio, a criação de um fundo poderia mitigar os efeitos negativos da oscilação do petróleo nos mercados internacionais, mas o diagnóstico posterior foi de que poderia haver efeito inverso, na medida em que essa intervenção nos preços refletiria, eventualmente, em um aumento do dólar e maior pressão sobre outros itens da cesta que compõe o índice de preços brasileiro.
E Eu Com Isso?
Por Brasília, segue o imbróglio sobre como endereçar a questão, cara ao presidente Bolsonaro em ano eleitoral, dos combustíveis e energia elétrica. O Planalto tem sido pressionado por diferentes fontes, que alegam que pautas como a de costume, entre outras, não estão sendo suficientes para angariar os votos do eleitorado que escolheu Bolsonaro em meados de 2018.
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