A megafusão entre as operadoras de saúde Hapvida (HAPV3) e Intermédica (GNDI3) foi aprovada sem restrições pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), assim como havia sido recomendado pela Superintendência Geral da autarquia no dia 15 de dezembro de 2021. A aprovação já era esperada pelo mercado e o fechamento da operação deverá ocorrer no início de fevereiro.
A combinação de negócios entre as companhias foi favorecida pelo fato de ambas serem similares, apenas com atuação em regiões distintas. Enquanto a Hapvida tem forte presença na região Norte e Nordeste, a Intermédica é forte no Sudeste, com sobreposição apenas em algumas cidades de Minas Gerais e Santa Catarina.
A fusão entre as duas companhias dá origem a uma operadora com cerca de 14 milhões de usuários de planos de saúde e odontológico, o que corresponde a 18% desse mercado.
E Eu Com Isso?
Embora a aprovação já fosse esperada, havia uma expectativa de que o Cade aplicaria algum remédio nas regiões onde a atuação das companhias se sobrepõe, que corresponde a cerca de 2% do portfólio combinado. No entanto, a aprovação da fusão sem restrições poderá gerar mais de R$ 500 milhões de economia.
Sendo assim, esperamos um impacto positivo nas ações HAPV3 e GNDI3 no curto prazo, apesar do cenário de juros altos e preocupações fiscais estejam impactando negativamente as ações das operadoras de saúde.
A fusão entre Hapvida e Intermédica resultará na criação de uma das maiores empresas provedoras de soluções de saúde verticalizadas do mundo. A combinação de negócios entre elas baseia-se em fundamentos estratégicos como a possibilidade de (i) integração da vasta gama de produtos e estruturas hospitalares; (ii) redução dos custos operacionais; e (iii) aproveitamento de potenciais sinergias decorrentes da complementariedade geográfica de atuação das duas companhias.
Agora, após a aprovação da combinação de negócios, as administrações das companhias enfrentarão desafios importantes para integração das organizações, que será complexa e, portanto, exigirá um investimento de tempo razoável das administrações de ambas as companhias que terão que dedicar recursos e esforços para sua implementação.
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