A novela da venda da Alliar ganhou mais um capítulo, dessa vez negativo para os acionistas minoritários. Na última quarta-feira (22), a Alliar, Centro de Imagens Diagnóstico (AALR3), comunicou ao mercado que recebeu notificação sobre um acordo celebrado entre o grupo de controle da companhia e o fundo de investimento Fonte de Saúde, do empresário Nelson Tanure.
Segundo o comunicado, o acordo celebrado entre as partes prevê a venda de até 62.399.842 ações da companhia pelo bloco de controle pelo preço de R$ 20,50, com os vendedores podendo retirar ações da operação sem qualquer consequência, e que a quantidade efetiva comprada por Tanure só será conhecida após a conclusão da operação.
Após a divulgação do fato relevante, Vladimir Timerman, gestor da Esh Capital, questionou os termos de venda acordados entre o bloco de controle e o fundo do empresário, indicando possível abuso de poder. Dependendo do desfecho da operação, Tanure não seria obrigado a realizar uma OPA a todos os acionistas da companhia, prejudicando os minoritários.
E Eu Com Isso?
Os desdobramentos recentes deste último capítulo da novela da venda da Alliar são negativos para os acionistas minoritários da companhia, que podem acabar ficando de fora da operação. No pregão desta quarta-feira, as ações da companhia (AALR3) tiveram forte queda de 20%.
A disputa pelas ações da companhia começou com oferta da Rede D’Or para a aquisição da companhia. Depois, a Fleury entrou no páreo, para então o já acionista Nelson Tanure realizar a compra da participação do Pátria, atingindo quase 30% do capital da Alliar e ganhando a disputa com Rede D’Or e Fleury.
Tal disputa fez com que as ações da Alliar tivessem forte alta, saindo do patamar dos R$ 10 para chegar nos R$ 18 por ação. Porém, com a possibilidade da exclusão dos minoritários da operação, onde não seria realizado uma OPA, as ações da companhia recuaram forte e fecharam a quarta-feira em R$ 14,25.
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