Ocorrem, neste próximo domingo (21), as prévias eleitorais do PSDB para definir quem será o candidato da legenda para a cadeira presidencial nas eleições de 2022. É a primeira vez na história do partido em que haverá uma disputa entre seus pares, já que, em 2018 – ano em que o modelo foi implementado – a candidatura de Geraldo Alckmin (SP) foi a única.
O mundo político aguarda o desfecho, neste fim de semana ou no próximo (28), caso um segundo turno seja necessário, sobre o nome que representará os tucanos durante a corrida para o Planalto no ano que vem. No páreo, estão o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o governador do estado de São Paulo, João Doria.
É consenso geral que a disputa deve ficar entre os dois atuais governadores, assim como parece unânime que a disputa das prévias tem elevado ainda mais as rixas internas, acarretando, muito provavelmente, um racha no partido independentemente do resultado. A alta cúpula da sigla trabalha para evitar tal cenário, mas admite que ele é uma realidade possível.
Com apenas 44,7 mil tucanos aptos para votar no próximo domingo, em um universo com 1,3 milhão de filiados, o PSDB montou uma operação para evitar quaisquer fraudes ou irregularidades no processo eleitoral. Houve polêmicas sobre o tema durante as campanhas.
O vencedor das prévias será aquele que atingir maioria absoluta dos votos, levando em consideração os resultados dos quatro grupos votantes: 1) filiados, com 25% de peso; 2) prefeitos e vice-prefeitos, com 25% de peso; 3) vereadores e deputados estaduais, cada subgrupo com 12,5% de peso (totalizando 25%); e 4) deputados federais, senadores, governadores e vice-governadores, assim como ex-presidentes e presidente do partido, com 25%.
O desfecho da votação importa não apenas para a sigla, que encara jejum de quase 20 anos após eleger Fernando Henrique Cardoso presidente, como também para todos os outros presidenciáveis de 2022.
No espaço da “terceira via”, espera-se um novo panorama sobre possíveis unificações de candidatura apenas após a decisão dos tucanos. Já no atual governo, Bolsonaro decidiu por adiar sua filiação, entre outros motivos, por conta das prévias tucanas.
Por fim, para Lula, será interessante observar possíveis espólios da legenda e buscar alianças regionais, visando fortalecer seu palanque para 2022.
E Eu Com Isso?
A disputa deve ser apertada, como previsto desde o início das campanhas envolvendo as prévias do PSDB. No entanto, nosso cenário-base aponta para uma vitória do atual governador de São Paulo, João Doria, devido ao peso enorme dos tucanos no estado mais populoso do País.
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