A Raízen (RAIZ4), maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, reportou na noite de quinta-feira (11) seus resultados referentes ao segundo trimestre do ano-safra 2021/22. Sua receita e Ebitda foram acima do esperado, com destaque para o segmento de renováveis, após a integração da Biosev.
Para melhor comparação dos resultados, a Raízen divulgou seus números pró-forma, isto é, considerando o resultado da Raízen em conjunto com o da Biosev nos períodos passados.
A receita operacional líquida foi de R$ 48,9 bilhões no trimestre, um aumento de 59,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelos maiores preços em praticamente todos os seus produtos.
Já o Ebitda ajustado pró-forma foi de R$ 3,269 bilhões, um recorde para a companhia, impulsionado pelo forte crescimento do segmento Renováveis, que representou 53,7% do Ebitda, enquanto o segmento de Açúcar representou 18,4% e Marketing & Serviços 27,9%.
O segmento de Renováveis engloba as vendas de etanol e energia elétrica, contando ainda com o etanol de segunda geração (E2G) e Biometano.
O segmento teve um crescimento de 63% no Ebitda ajustado, reflexo do maior volume vendido de energia elétrica com maiores preços e do forte aumento no preço médio do etanol (+63%), apesar da queda no volume de etanol.
O segmento de Açúcar teve uma queda de 21% no Ebitda ajustado, por conta do menor volume vendido no período (-30%), compensado pelo forte aumento nos preços (+43%).
A queda no volume é explicada pela estratégia da companhia de concentrar as vendas no segundo semestre do ano (entressafra), quando o produto costuma ter um preço maior, e também por conta da menor produção decorrente da quebra de safra.
Por fim, o segmento de Marketing e Serviços, que engloba a operação de distribuição de combustíveis e de proximidade no Brasil, através das marcas Shell e OXXO, e na operação de downstream na Argentina (refino, distribuição, lojas de conveniência e revenda de combustíveis).
O volume vendido total (Ciclo Otto, diesel, aviação) teve um aumento de 17%, decorrente da reabertura econômica em andamento.
O volume foi também superior ao de 2019. Já o Ebitda ajustado do segmento apresentou crescimento de apenas 1,3% por conta das maiores despesas no período, que reduziram a margem Ebitda em 13,4%.
E Eu Com Isso?
O resultado da Raízen foi bom, apresentando Ebitda recorde no período, impulsionado principalmente por maiores preços de etanol, energia e açúcar e a maiores volumes de combustível.
Dessa forma, esperamos um impacto positivo nas ações RAIZ4 no curto prazo.
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