Os preços do Bitcoin (BTC) estão testando novas máximas. Nesta sexta-feira (12), a criptomoeda está sendo negociada a cerca de US$ 64 mil, após ter rondado a barreira de US$ 68,8 mil na quarta-feira (10).
A comparação com o que ocorreu no início do segundo trimestre é inevitável. No entanto, o cenário agora é levemente diferente. A alta de abril teve um componente especulativo intenso. Agora, a valorização da criptomoeda é mais sustentável, e tudo indica que os preços poderão continuar em sua trajetória ascendente por mais algum tempo.
Há bons argumentos a favor dessa afirmação. Um deles é a diferença nas condições de mercado. Vamos voltar a abril. No dia 14, o Bitcoin chegou a um máximo de US$ 84,8 mil. Naquele momento, a capitalização de mercado do Bitcoin era de US$ 1,179 trilhão. E o volume de negócios foi intenso, chegando a US$ 77,4 bilhões em 24 horas.
Avançando para a quarta-feira (10) notamos que os preços avançaram para US$ 68,8 mil na máxima do dia, cravando um novo recorde para as cotações do Bitcoin. Como não poderia deixar de ser, a capitalização de mercado também subiu, chegando a US$ 1,226 trilhão.
Porém, há uma diferença importante. Apesar de os preços terem subido pouco mais de 6% em relação a abril, o volume negociado foi de “apenas” US$ 48,7 bilhões. O “apenas” aqui se justifica porque o total transacionado caiu 37% em relação ao do dia 14 de abril.
Um dos indicadores mais importantes para medir o sentimento do mercado é o índice Ganância e Medo, ou Greed and Fear Index.
Ao longo da semana, ele chegou a um nível elevado de 77 em uma escala de zero a 100. Níveis acima de 50 indicam que os investidores estão mais “gananciosos” do que “temerosos”, ou seja, que a propensão maior é pela compra.
Nesta sexta-feira, o índice iniciou o dia a 74 pontos, mantendo o perfil “ganancioso” do mercado.
O aumento da liquidez e a demanda crescente por criptomoedas, que se inserem cada vez mais na economia “tradicional” justificam essa tendência de valorização. E há espaço para uma enorme diversidade. É possível concluir isso apenas olhando a atitude dos governantes.
Apesar de sua economia ser pouco relevante, El Salvador está testando a introdução de criptomoedas em sua economia, até agora totalmente dolarizada.
O tamanho geográfico, populacional e econômico do pequeno país centro-americano não se compara às proporções da China, que está banindo as criptomoedas para acabar com a concorrência ao renminbi digital – sua própria moeda virtual.
Tudo isso justifica que você olhe as criptomoedas com mais atenção. Se já investe, diversifique. Se ainda não investe, comece a pensar nisso. E conte sempre com a análise apurada da Fernanda Guardian, especialista do assunto da Levante.
E Eu Com Isso?
A semana se encerra com os contratos futuros registrando uma forte valorização nos primeiros momentos de negociação e mantendo a trajetória de valorização da véspera.
As notícias são positivas para a bolsa.
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