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Resultados da SulAmérica (SULA11) do 3T21

A SulAmérica (SULA11) apresentou, nesta quarta-feira (10), após o fechamento do mercado, seu resultado do terceiro trimestre de 2021. Os números ainda apresentaram, apesar de em menor grau, impactos relacionados a Covid no trimestre, mantendo a sinistralidade ainda acima dos padrões históricos e impactando o lucro da companhia. Esse impacto só não foi maior devido ao aumento da Selic que impactou positivamente os resultados financeiros da empresa e efeito não recorrentes.

A companhia apresentou crescimento de 3,7% de receita líquida no trimestre na comparação com o 3T20, atingindo R$ 5,2 bilhões, resultado impulsionado pelo aumento das receitas de seguro (odonto, saúde e vida).

As despesas operacionais atingiram R$ 4,7 bilhões no trimestre, representando um aumento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aumento pode ser atribuído, principalmente, ao aumento da sinistralidade no segmento de seguros, que atingiu 84%, 9,4 pontos percentuais acima do 3T20 e elevando os gastos da companhia em 18,4% no mesmo período, atingindo R$ 4,2 bilhões.

O Ebitda ajustado, métrica de geração operacional de caixa recorrente, da companhia foi negativo em R$ 17,5 milhões ante a um número positivo de 393 milhões no mesmo período no ano anterior, fortemente impactado pela sinistralidade ainda elevada pela Covid e por alguns efeitos não recorrentes de despesas com marketing que impactaram as despesas administrativas.

Apesar do Ebitda negativo, o resultado financeiro da companhia conseguiu fazer com que o mesmo não ocorresse com o lucro líquido recorrente, que atingiu R$ 280,3 milhões, uma queda de 2% na comparação anual.

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) atingiu 4,9% no trimestre, uma queda de 12,4 pontos percentuais em relação aos 17,3% vistos no 3T20.

E Eu Com Isso?

O resultado da SulAmérica veio um pouco abaixo das expectativas que o mercado tinha antes da temporada de resultados, já que a sinistralidade continuou impactada pelos desdobramentos da Covid (saúde e vida) e pela volta dos procedimentos eletivos.

No entanto, alguns pontos positivos nos chamaram a atenção, como por exemplo o aumento do número de beneficiários nos planos de saúde e odonto da companhia, principalmente os mais acessíveis que continuam apresentando crescimento acelerado, e nos mostram que a companhia tem conseguido ampliar sua base de clientes.

Dito isso, preferimos enxergar o copo meio cheio no resultado da empresa, e esperamos um resultado levemente positivo no curto prazo.

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Leia também: Hapvida vence SulAmerica e adquire HB Saúde.

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