Na sexta-feira (29), na sede da B3, em São Paulo, ocorreu o leilão da concessão da rodovia Dutra, na qual a CCR (CCRO3), administradora da estrada desde 1996, sagrou-se vencedora, garantindo mais 30 anos de operação na mesma.
O leilão apresentou baixa concorrência, tendo apenas a participação da CCR e Ecorodovias (ECOR3), que propôs um desconto de apenas 10,6% na tarifa de pedágio, sem outorga, sendo este um lance bem abaixo do esperado.
A oferta da CCR, no entanto, teve como proposta um desconto de 15,31% na tarifa, o máximo permitido pelo edital, além de outorga de R$ 1,77 bilhão.
Para a nova concessão, é previsto investimentos em obras e revitalizações de cerca de R$ 15 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão, além de custos operacionais na ordem dos R$ 11 bilhões.
Devido ao seu tráfego de veículos já consolidado, a rodovia BR-116 (Dutra) é tida hoje como um dos mais atrativos ativos de infraestrutura do país, com suas receitas de pedágios podendo ser arrecadadas desde o início do novo contrato, o que facilita a estrutura de financiamento da operadora.
Além disso, a estrada liga os dois maiores PIBs municipais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, tendo, em 2019 (pré-pandemia), registrado receita bruta de R$ 1,43 bilhão.
E Eu Com Isso?
A vitória da CCR no processo licitatório da Nova Dutra é positiva e esperamos que a ação da mesma (CCRO3) reaja de acordo.
A concessão é importante dentro do portfólio da companhia, pois, em 2020, representou 12% do EBITDA consolidado do grupo.
Dessa forma, a manutenção desse ativo preserva os resultados da CCR adiante.
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