Operadoras de menor porte estão reivindicando contrapartidas à venda da Oi Móvel pela Oi (OIBR3) para a aliança entre a Vivo (VIVT3), Tim (TIMS3) e Claro.
O que as centenas de operadoras e provedores estão reivindicando são condições mais favoráveis para uma competição equilibrada no mercado de telefonia móvel, tanto em relação à negociação de preços quanto na obrigatoriedade de acordos de roaming nacional (compartilhamento de infraestrutura).
As companhias de menor porte do setor, buscam, inicialmente, o cancelamento da aquisição do ativo pelas rivais Vivo, Tim e Claro, que se juntaram para adquirir a quarta operadora móvel do setor.
Caso a primeira tentativa não funcione, a segunda estratégia passa a ser por ganho de força, fatiando o espectro móvel da Oi, ou seja, faixas de radiofrequência sobre as quais as operadoras podem estender suas redes de celulares.
Ainda na lista de reivindicações ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), constam também a divisão da carteira de clientes, além de contratos de aluguel e troca de infraestrutura que compõem o ativo da Oi vendido em leilão.
Segundo o presidente-executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp) – que representa 70 empresas associadas de médio porte – o compartilhamento só ocorre entre grandes operadoras, visto que as operadoras menores têm pouco a compartilhar.
A Telcomp propõe que as grandes empresas do setor ofereçam as redes em troca de pagamento.
E Eu Com Isso?
Acreditamos que a notícia evidencia mais conflitos para o fim da venda dos ativos móveis da Oi, o que dificulta a companhia encerrar sua recuperação judicial, por isso esperamos impactos negativos nas ações da companhia (OIBR3) no curto prazo.
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