A quinta-feira (08) começa com os pregões internacionais em baixa, por dois motivos.
O primeiro é, de novo, a Covid-19. Segundo Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE, que reúne as principais economias, novos surtos da Covid, em especial aqueles provocados por novas variantes do coronavírus, são o principal risco que pode impedir um crescimento econômico sustentável no curto e no médio prazos.
Além das declarações de Cormann, o governo japonês anunciou que vai, de novo, declarar estado de emergência em Tóquio e que essa situação vai perdurar até agosto, durante os Jogos Olímpicos.
O segundo motivo foi o endurecimento do governo chinês para com as companhias de tecnologia que resolverem listar suas ações em pregões americanos.
No domingo, o governo em Pequim proibiu as lojas de aplicativos de oferecer o app Didi, de mobilidade urbana, que havia listado suas ações poucos dias antes.
Na terça-feira, o Conselho de Estado, autoridade máxima, anunciou, sem muitos detalhes, que iria intensificar a fiscalização sobres as empresas de tecnologia.
Foi o suficiente para que pelo menos uma companhia já cancelasse sua listagem
Esses dois motivos foram suficientes para aumentar a aversão ao risco.
Não por acaso, a remuneração dos títulos de dez anos do Tesouro americano caiu para 1,25% ao ano, o menor nível desde fevereiro.
Remuneração em baixa significa preços unitários em alta, devido a um aumento da demanda.
A alta dos juros indica, portanto, uma migração de recursos da renda variável para a renda fixa.
Apesar de o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, ter indicado que terá “paciência” com a inflação em seu comentário publicado na quarta-feira (07), sinalizando que não deverá endurecer a política monetária tão rápido, o movimento já começou.
Indicadores 1
O número de pedidos iniciais de seguro-desemprego americanos na semana encerrada em 3 de julho foi de 373 mil, uma alta de 2 mil pedidos em relação ao dado revisado da semana anterior.
O resultado da semana anterior foi revisado, subindo de 364 mil para 371 mil, uma alta de 7 mil pedidos.
Indicadores 2
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou para 0,53% em junho, depois de ficar em 0,83% em maio.
Esse é o maior resultado para o mês de junho desde os 1,26% de 2018.
Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.
E Eu Com Isso?
O temor de desaceleração da economia, confirmado pela alta nos pedidos de seguro-desemprego, está tendo um efeito negativo sobre o mercado.
Tanto os contratos futuros de Ibovespa quando os do índice americano S&P 500 estão em baixa.
As notícias são negativas para o mercado.
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