A Netflix (NFLX) anunciou nesta quinta-feira (10) que começará a oferecer produtos exclusivos através de uma loja virtual própria, chamada de “Netflix Shop”.
A ideia é comercializar produtos em edição limitada, objetos colecionáveis e peças de vestuário baseados em produções originais da Netflix, como Stranger Things e The Witcher.
Os produtos serão rotativos, e, neste mês, itens da série Yasuke, um anime oriental e Eden, um desenho animado, estreiam.
A loja está disponível apenas nos Estados Unidos, mas deverá ser expandida para demais regiões nos próximos meses.
Importante lembrar que no primeiro trimestre deste ano, a companhia não alcançou as projeções de novos assinantes esperadas, que eram de 6 milhões.
Entre janeiro e março, o serviço conquistou 3,98 milhões de novos assinantes. Para piorar, a gigante do streaming estimou que adicionará apenas 1 milhão de novos assinantes ao longo do segundo trimestre.
De acordo com a companhia, as adições líquidas abaixo da sua estimativa foram devido ao ritmo desacelerado de produções de filmes e séries por conta da pandemia.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para os acionistas da Netflix (NFLX), que devem ter suas ações positivamente impactadas no curto prazo com a notícia. Porém, o novo investimento deve trazer resultados contundentes apenas no médio prazo.
A Netflix Shop pode abrir uma nova avenida de crescimento, complementar às assinaturas. Uma vez bem executada e com a aderência do público, o e-commerce “ultra específico”, voltado aos entusiastas de séries e filmes, significará uma nova forma de rentabilizar os ativos de conteúdo da companhia.
Até o momento, este ponto é distintivo entre a Netflix e a Disney, que é capaz de extrair muito resultado com seus conteúdos, seja através da bilheteria ou a assinatura, seja através de produtos licenciados e os royalties associados às licenças.
No curto prazo pode haver alguma pequena detração de margem, muito embora o desenvolvimento da tecnologia, já estava ocorrendo há algum tempo.
No futuro, a loja tem potencial de crescer receitas e alavancar o retorno sobre o capital da companhia, otimizando o valor da companhia.
Acreditamos que um prazo mínimo para os investimentos “maturarem” e notar algum avanço mais material no novo negócio é de pelo menos 1 ano após o lançamento em cada país.
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