O Bitcoin tem crescido muito ao longo dos anos e, com isso, tem cada vez mais atraído investidores.
A criptomoeda funciona como um dinheiro comum, mas, diferente das moedas que conhecemos, o Bitcoin não é vinculado a nenhum governo.
Assim como todo investimento, conhecer como surgiu e como funciona é essencial para começar a se aventurar no mundo das criptomoedas.
O sistema, apesar de já ser muito comentado no mercado financeiro, ainda levanta algumas dúvidas aos investidores.
Acompanhe mais abaixo.
O Bitcoin foi uma resposta à crise financeira de 2008
Você provavelmente já era nascido(a) e deve se lembrar da crise de 2008, considerada a pior crise financeira desde 1929.
A crise de 2008 começou em razão da especulação imobiliária nos Estados Unidos. Foi a chamada bolha, causada por um aumento expressivo nos valores dos imóveis.
A elevação dos preços levou ao colapso do setor, pois a supervalorização dos imóveis não foi acompanhada pela capacidade financeira dos cidadãos de arcar com os custos de suas hipotecas.
Com o aumento dos juros, as hipotecas acabaram não tendo a liquidez esperada levando à riscos de calote de empréstimos hipotecários de alto risco, também chamados de subprime.
Satoshi Nakamoto
A crise fez com que algumas pessoas confiassem mais no Bitcoin do que no sistema financeiro convencional, porque o “dinheiro real” provou não ser confiável. O white paper do Bitcoin foi publicado por Satoshi Nakamoto – criador da criptomoeda que usou esse pseudônimo para se manter no anonimato – em um fórum de criptografia em 2008.
De acordo com Satoshi (que ainda está para ser identificado), o Bitcoin é “uma versão puramente ponto a ponto do dinheiro eletrônico que permite pagamentos on-line de uma parte para outra sem passar por uma instituição financeira.”
Satoshi Nakamoto: Bitcoin x Ações
Bitcoins não oferecem dividendos ou potenciais futuros dividendos, logo não são como as ações. São mais como um colecionável ou commodities
Moeda descentralizada
O Bitcoin não pertence a um governo ou a alguma empresa.
O Bitcoin é uma moeda e também um sistema de pagamentos
O Bitcoin funciona como um dinheiro comum, assim como dólar, euro ou real, mas não é uma moeda ligada a nenhum governo ou banco.
As transações feitas em Bitcoin são mediadas por computadores ao redor de todo o mundo, chamadas de “transações ponto a ponto” ou peer to peer (P2P). Mineração é o processo de validação das transações, e os usuários que validam são chamados de mineradores. O incentivo para manter a rede em funcionamento é que, validadas as transações, os mineradores recebem bitcoins como recompensa.
Ativo cíclico
A cada 4 anos, as recompensas para as mineradoras são reduzidas pela metade, o que influencia nos preços do Bitcoin.
O Halving (do inglês “Half”, que significa metade) é o processo que acontece a cada 4 anos e que reduz pela metade a recompensa gerada pela rede para o trabalho dos mineradores. Esse processo influência nas quantidades de novas moedas que circulam no mercado, o que por lei da oferta e da demanda, interfere na cotação do Bitcoin.
A cada 4 anos, uma vez ocorrido o Halving, o Bitcoin entra em um ciclo de alta. Um dos motivos das altas históricas do Bitcoin em 2021 foi o último Halving que ocorreu em 2020. Por ser um ativo cíclico, é importante não cair na ilusão de que o Bitcoin subirá para sempre em linha reta. Esse entendimento do ciclo econômico permite uma melhor alocação do ativo.
Escassez e valorização no longo prazo
Detalhes técnicos do projeto
Diferente de moedas fiduciárias como dólar, euro ou real, o Bitcoin é uma moeda digital que não pode ser impressa de forma infinita.
Uma das propriedades do Bitcoin é a sua escassez. Ao todo, existem apenas 21 milhões de unidades a serem mineradas. Como qualquer ativo escasso, esse limite de emissões implica na valorização no longo prazo, embora essa valorização não seja em linha reta.
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Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Analista de Criptomoedas da Levante, Fernanda Guardian.
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Divisibilidade
Uma propriedade essencial do Bitcoin como forma de pagamento.
No momento em que escrevo este texto, 1 BTC equivale à R$ 289 mil reais.
As recentes máximas históricas do Bitcoin podem levar à dúvida de que uma pessoa precisa ter, por exemplo, mais de R$ 200 mil para investir no ativo.
Entretanto, uma das propriedades do Bitcoin é a sua divisibilidade: trata-se de uma moeda divisível em até 8 casas decimais. Dessa forma, não é necessário comprar 1 bitcoin inteiro. É possível investir em frações de bitcoin (0.00000001 BTC, por exemplo).
As exchanges são as plataformas de negociação de criptoativos e elas estipulam os valores mínimos de aplicação.
Volatilidade
O Bitcoin é um ativo volátil e sua cotação pode variar para cima ou para baixo em valores significativos em um único dia.
Do ponto de vista de desenvolvimento de moeda, um ativo pode levar anos, décadas ou até milênios para se desenvolver como reserva de valor, meio de troca e unidade de conversão. Seria uma expectativa irrealista achar que o Bitcoin não enfrentaria nenhuma volatilidade com apenas 12 anos de existência.
Institucionais
Em todo ciclo de alta, ocorre um aumento de institucionais na rede do Bitcoin
As linhas laranjas do gráfico abaixo indicam a entrada de empresas, fundos de investimentos, tesourarias e instituições ligadas à Blockchain, a rede do Bitcoin. Em todo ciclo de alta, ocorre um aumento significativo desse movimento.
Longo Prazo
O que acontecerá quando o último Bitcoin for minerado? A rede deixará de existir?
O último Bitcoin será minerado por volta de 2140
A expectativa é que o último Bitcoin seja minerado por volta do ano de 2140, mas isso não significa que a rede deixará de existir.
Hoje, os mineradores recebem como recompensa bitcoins e as taxas de transação, que correspondem à 3% das recompensas totais.
Quando o último Bitcoin for minerado, essas taxas corresponderão à 100% e o aumento da concorrência da rede levará à um aumento dessas taxas de transação. As validações da rede vão continuar acontecendo, porque o incentivo à mineração continuará existindo.
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Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Analista de Criptomoedas da Levante, Fernanda Guardian.
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