Assaí Atacadista

GPA e Assaí

Na última sexta-feira (29), o Grupo Pão de Açúcar (GPA – PCAR3) e o Assaí realizaram uma reunião fechada com analistas de mercado, comunicando maior detalhamento das estratégias de atuação após a cisão entre as duas companhias. Os portais de relações com investidores já estão separados, com as primeiras apresentações institucionais de ambas as companhias já divulgadas separadamente.

O GPA, até então controlador da bandeira Assaí (braço de Atacarejo do grupo), já vem anunciando a cisão das duas companhias com a listagem do Assaí no Novo Mercado desde setembro de 2020, com o objetivo de destravar valor para a companhia e caminhar com uma gestão totalmente independente para ambas as partes.

A estratégia do GPA, que agora inclui as bandeiras Extra (super, hiper, mini mercado), Pão de Açúcar e grupo Éxito (Colômbia, Argentina e Uruguai), será o foco no ganho de rentabilidade sobretudo na bandeira Extra e expansão da rede Pão de Açúcar, além do foco maior na integração digital de suas operações e melhor precificação de seus produtos, com a penetração maior de marcas próprias e promoções mais estáveis e direcionadas aos segmentos de produtos mais sensíveis à concorrência.

Já para o Assaí a estratégia será acelerar a expansão de sua rede para o país, com previsão de abertura de mais 123 lojas. Hoje a rede já tem presença nacional, porém com 90 por cento das lojas concentradas em SP, RJ e BA, tendo como principal diferencial a autonomia da gestão regional, além de conselho e diretoria próprias. Além disso, a rede prevê a implantação de alguns serviços que agregam margem às lojas de atacado, como balcões de açougue, até então inexistentes em atacadistas. O total de investimentos está previsto em torno de 7 bilhões de reais nos próximos 5 anos.

E Eu Com Isso?

O principal ponto da cisão sem dúvidas é o potencial de destravar valor para as ações do GPA (PCAR3), hoje avaliada em cerca de 21,3 bilhões de reais em valor de mercado, considerando o último preço de fechamento de mercado a 79,41 reais por ação. O Assaí por si só pode ser avaliado em torno de 18 a 20 bilhões de reais em valor de mercado, o que coloca o valor de mercado do GPA, após a cisão, no patamar de 1,5 a 2,5 bilhões de reais apenas, com uma receita consolidada anual próxima a 40 bilhões de reais.

Apesar da cisão já ser considerada como positiva quase que por unanimidade no mercado, o foco agora se volta para o plano de melhorar a rentabilidade do GPA pós cisão, dado que grande parte do resultado, inclusive o lucro líquido, vem sendo puxado positivamente pela operação do Assaí. As ações do GPA (PCAR3) fecharam em alta de 5,21 por cento nesta segunda-feira (1/fev), refletindo as perspectivas positivas para a companhia, após maior detalhamento do plano traçado pós cisão.

O GPA opera com margens ainda muito baixas, sobretudo após a alavancagem financeira crescer para realizar a aquisição do grupo Éxito (um dos maiores grupos varejistas da América Latina ex-Brasil), com margem líquida de menos de 2 por cento, enquanto seu principal concorrente, o Carrefour Brasil (CRFB3) opera com margem líquida consolidada acima de 3 por cento.

Já o Assaí vem com uma história com impressão muito mais promissora, com um caso de crescimento forte de receita, cerca de 27,6 por cento em taxa de crescimento composto anual (CAGR) desde 2011 e principalmente na rentabilidade com CAGR acima de 45 por cento no lucro líquido, com margem líquida em torno de 3,5 por cento na média dos últimos 7 trimestres.

A bandeira consegue crescer com geração própria de caixa, o que mantém o endividamento em níveis saudáveis, além da rápida maturação de suas lojas pela importância que se ganha na economia regional (ponto de referência para compras do comércio local), além de estar em um momento favorável no qual o hábito dos consumidores vêm se alterando em na busca de maior economia para o lar e comércio, permitindo um rápido ganho de escala na nas inaugurações, melhorando as margens líquidas mesmo com preços mais baixos.

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