Na manhã desta sexta-feira (08) foi divulgado uma pesquisa sobre os clientes de bancos digitais, também conhecidos como “neobancos”, feito pelo Credit Suisse em parceria Gerson Lehman Group (GLG). O estudo mostra que dos mais de 60 milhões de clientes dos neobancos, o Nubank aparece na liderança com 55 por cento do total, seguido do Inter com 12 por cento.
O nível de satisfação dos bancos digitais atingiu 100 por cento, com cerca de 72 por cento dizendo estar “muito satisfeito”. A surpresa ficou por conta da satisfação dos bancos tradicionais que atingiu 90 por cento, contrariando a ideia de que os bancos tradicionais não conseguem competir com a qualidade do serviço prestado pelos bancos digitais.
Outro dado interessante foi a constatação de que 87 por cento dos clientes de bancos digitais possuem contas em bancos tradicionais e desse grupo 87 por cento pretende manter as contas nos dois tipos de instituição. Entre os bancos tradicionais a Caixa Econômica aparece como a mais presente entre os clientes dos dois tipos de instituição com 28 por cento do total, seguido do Itaú com 20 por cento.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para os grandes bancos, esses que já vem subindo nas últimas semanas, com destaque especial para o Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4) que subiram ambos 8,5 por cento nos últimos 30 dias.
Enquanto os bancos digitais conseguem clientes através de diversas gratuidades e melhor experiência do usuário, os bancos tradicionais ainda se mostram necessários devido a um portfólio de produtos mais completo, entre os citados nas pesquisas, programa de benefícios, cartões de crédito e crédito ainda possuem uma oferta menos abrangente entre as fintechs.
Esses dados nos mostram que ainda há muito espaço para os bancos tradicionais manterem seus clientes com ofertas mais amplas de produtos, com destaque especial para os produtos de crédito, uma vez que dar crédito para novos clientes em geral requer muita experiência.
Pelo lado dos neobancos, o foco nos próximos anos deve estar em conseguir trazer ofertas mais amplas para seus usuários sem perder a qualidade do seu serviço. Medidas pró-competitividade por parte dos órgãos reguladores, com destaque especial para o Open Banking, deve ajudar essas instituições no longo-prazo.