A Rumo (RAIL3), operadora de ferrovias e logística do grupo Cosan (CSAN3), firmou um memorando de entendimento com a operadora portuária DP World para a construção de um novo terminal para o escoamento de grãos no Porto de Santos.
A construção ainda está na fase de projeto e terá que passar por avaliações técnicas e aprovação pelo órgão regulador. Segundo a Rumo, o terminal terá capacidade operacional estimada em cerca de 11 milhões de toneladas anuais, destes sendo 8 milhões de grãos e 3 milhões de fertilizantes.
Além disso a companhia anunciou em Fato Relevante mudanças nas cadeiras do conselho, com Rubens Ometto de Oliveira Mello (controlador da Cosan) passando à presidência do Conselho substituindo Marcos Lutz, que seguirá como conselheiro.
Impactos na prática
O acordo firmado para a construção do terminal vai em linha com a estratégia de longo prazo da companhia de capturar o crescimento projetado do mercado agropecuário brasileiro, aumentando sua capacidade de escoamento na sua principal rota: o trajeto até o Porto de Santos.
Recentemente, após levantar 6 bilhões de reais em uma oferta subsequente de ações (Follow-on), a companhia antecipou o pagamento da concessão da Malha Paulista, ferrovia importante que liga os principais polos agrícolas do estado de São Paulo ao Porto de Santos.
Enxergamos um impacto levemente positivo com a notícia no preço das ações (RAIL3) no curto prazo, apesar da conclusão do projeto, caso tenha os procedimentos legais aprovados, ser prevista somente para 2023.
Quanto à mudança no conselho, é um procedimento comum, já previamente definido nas políticas de todas as companhias da holding Cosan e não deve gerar nenhum impacto significativo nas ações da Rumo.