O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo. Queiroz morava na cidade há mais de um ano. No momento da prisão, ele estava em um imóvel de Frederick Wasseff, o advogado da família Bolsonaro.
O ex-assessor estava foragido e é acusado de ser parte importante de um esquema de “rachadinhas” (pagamentos ilegais) no gabinete do senador Flávio, quando este ainda era deputado estadual no Rio de Janeiro. Queiroz movimentou 1,2 milhão de reais de maneira atípica, em sua conta. Com a prisão, a Justiça do Rio também autorizou a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, que trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro entre 2007 e 2017. O Ministério Público do Rio também cumpre, nesta manhã, mandados de busca e apreensão em diversos endereços na capital carioca, sendo um deles o escritório político da família Bolsonaro, em Bento Ribeiro.
A prisão de Queiroz tem potencial para elevar novamente as preocupações dos investidores com o político. A família Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o tema, mas o presidente saiu em comboio do Palácio da Alvorada logo cedo. A prisão do ex-assessor é preventiva e é provável que a defesa entre com um Habeas Corpus pedindo a sua soltura.
Queiroz deve prestar depoimentos ainda hoje para o Ministério Público do Rio de Janeiro e as investigações devem avançar, levando eventualmente ao envolvimento de Flávio Bolsonaro. Caso isso ocorra, será negativa a repercussão para o governo, dada a proximidade dos filhos.