Na coluna de hoje, irei falar sobre os impactos da quarentena de combate à pandemia da Covid-19 nas empresas do setor de construção civil na Bolsa de Valores.
Tais impactos podem ser divididos em duas ondas – ou, como gosto de chamar, derivadas: 1) impacto do isolamento social no curto prazo; e 2) consequências macroeconômicas na demanda por imóveis nos prazos médio e longo.
Ademais, também irei falar das posições de endividamento, caixa e liquidez das companhias do setor imobiliário.
Curto prazo: queda de vendas e andamento das obras
A primeira onda (ou derivada) está associada ao impacto das medidas de isolamento no curto prazo, que têm um efeito de curto prazo e atingem o setor enquanto estiverem em vigor – por conta do fechamento dos estandes de venda das incorporadoras.
A consequência dessa dinâmica será uma forte queda nas vendas contratadas desde a última semana de março até o fim da quarentena. Os lançamentos programados para os fins de março e abril foram adiados, com possível redução no andamento das obras e postergação do início da construção dos projetos lançados no segundo semestre de 2019.
Desempenho nas vendas
Devido ao fechamento dos estandes de vendas, estimo que a queda das vendas chegue a 90 por cento no mês de abril, mesmo que o atendimento esteja disponível remota ou virtualmente, como é o caso da Direcional e da MRV, as quais fizeram lançamentos com vendas 100 por cento virtuais.
Com a incerteza predominante, a importante decisão de compra de um imóvel fica em modo de espera. O indicador de velocidade de vendas será duramente reduzido e obrigará as empresas a agirem com prudência em suas gestões de caixa.
Segundo a Mitre, o fechamento dos estandes de vendas ocasionou, do início deste ano até 20 de abril, uma queda de pouco mais de 50 por cento nas vendas.
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Forte abraço,
Eduardo Guimarães.